Uma mulher de 33 anos, que não teve o nome divulgado, foi presa nesta quarta-feira (18), em Itumbiara, no sul de Goiás. Segundo a Polícia Civil, ela é suspeita de estuprar, ameaçar, torturar e manter em cárcere um adolescente de 16 anos. Os crimes teriam ocorrido na casa dela durante cerca de um mês, conforme depoimento da vítima. Á corporação, a presa negou os atos e não apresentou advogado.
A delegada Yvve Rocha, responsável pelo caso, disse que a família da vítima havia denunciado os crimes à Polícia Civil em maio deste ano, quando do adolescente conseguiu fugir da casa da mulher e contou sobre os abusos e torturas à mãe. Ele chegou a ser atendido em um hospital da região e se recuperou dos ferimentos, segundo a investigadora. Mesmo depois disso, o rapaz e os parentes passaram a receber ameaças.
“Eles contaram que tiveram que mudar de endereço duas vezes porque a autora os procurava ameaçando de morte. Representamos pela prisão preventiva dela e hoje conseguimos cumprir”, disse.
Ainda segundo a delegada, a presa não confessou os crimes e apresentou justificativas estranhas para as acusações. A investigadora não se convenceu da versão dela e não há provas que comprovem as versões apresentadas pela mulher.
“Ela justifica que bateu no rapaz porque ele teria tentado ter relações sexuais com a filha dela, mas a própria filha nega essa versão. Ela falou muito, mas nada que pudesse ser comprovado”, completou.
A mulher está detida na Unidade Prisional de Itumbiara e deve responder pelos crimes de tortura e estupro.
Denúncia
Em entrevista à TV Anhanguera logo depois que conseguiu fugir, o adolescente contou que se mudou para a casa da mulher como seu namorado, mas acabou sendo agredido com vários objetos e impedido de sair de casa.
“Ela ela me batia 24 horas e fazia eu ficar escondido para ninguém da família dela perceber que ela estava me batendo”
“Ela me espancava dentro de casa, não me deixava sair para lugar nenhum, me batia com um pau. Socava prestobarba na minha garganta com escova. Me dava murro no olho. Acertou várias vezes faca na minha cabeça, chave de fenda, chute no peito”, relatou o adolescente.
Segundo o adolescente, depois de dias sendo impedido de sair e sofrendo os maus tratos, ele conseguiu fugir, no último dia 2 de maio, em um momento de distração da mulher.
“Umas 8h, enquanto ela estava dormindo, consegui sair devagarzinho, abrir a porta, pular o muro do fundo e vir para casa da minha mãe. Fiquei com medo do filho dela vir atrás de mim para me levar de volta, então fiz outro caminho para não me achar”, relatou. G1