“Homem-Aranha Mineiro”, tema de reportagem nesta semana no G1, usou as redes sociais para dizer que teve a motocicleta apreendida em uma blitz em Belo Horizonte. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), ele não tem carteira e será multado em mais de R$ 1,1 mil.
Segundo ele, nesta quinta-feira (12), o veículo foi recolhido em uma fiscalização na Av. América Vespúcio por falta de emplacamento. “Até onde eu sabia não era exigido emplacamento de moto 49cc, não tenho condições de tirar a moto no momento”, postou.
O G1 contou a história deste “super-herói” nesta segunda-feira (9). Ele mora em uma casa simples de um bairro da Região Nordeste e nas horas vagas trabalha de porteiro e ainda faz bicos de entregador de pizza (veja vídeo abaixo).
Motos conhecidas como “cinquentinha” precisam ter placa, e o condutor deve ter autorização para ciclomotor ou carteira A.
O Detran-MG informou que o veículo recolhido é um ciclomotor, que atinge velocidade máxima de 50 quilômetros por hora. Este foi removido para um pátio por não estar devidamente registrado. Para que a liberação ocorra, é preciso emplacar, o que tem custo de R$ 159,32, além de pagar taxa de R$ 113,80 e diária de R$ 19,51, isso sem falar nas multas que ainda serão cobradas.
O fato de dirigir sem carteira vai resultar em multa de R$ 880,81, segundo o órgão de trânsito. A outra infração – conduzir o veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado – tem o valor de R$ 293,47. As duas situações são consideradas infrações gravíssimas.
Na tarde desta sexta-feira (13), o “Homem-Aranha Mineiro” disse que, agora, vai fazer o possível para tirar a carteira e resolver as pendências. Ele ainda precisa localizar o antigo dono do veículo, porque não transferiu propriedade no momento da compra, no ano passado.
Sobre os custos, disse não ter condições financeiras e que tem recebido oferta de ajuda. Enquanto isso, vai ter que improvisar para cumprir os compromissos do personagem. A moto era uma marca registrada na atuação em festas e no trabalho como entregador de sanduíches.
Mais cedo, ao ser procurado pela reportagem, mensagem pelo WhatsApp indicava afazeres típicos de um super-herói. “Olá, não posso atender no momento pois estou muito ocupado salvando o mundo e ajudando velinhas atravessar a rua, mas respondo assim que retornar”. G1