Há 10 anos atrás, no dia 2 de julho de 2008, ocorria o primeiro crime de uma série de três assassinatos que marcou a pacata cidade de Rio Brilhante, distante a 161 quilômetros de Campo Grande. Dyonathan Celestrino, na época com 16 anos, foi identificado como o autor dos crimes e ficou nacionalmente conhecido. Ele matava pessoas que julgava ‘impuras’.
As mortes
Dyonathan, que ficou conhecido como ‘Maníaco da Cruz’, fez de Catalino Gardena, 33 anos, a primeira vítima. O pedreiro, que era alcoólatra, foi morto por Dyonathan em um terreno baldio e o corpo deixado em forma de cruz.
Pouco mais de um mês do primeiro crime, Dyonathan fez a segunda vítima, Letícia Neves de Oliveira, 22 anos. O corpo de Letícia, que era homossexual, foi encontrado no cemitério da cidade. Assim como o corpo de Catalino, o da jovem também estava em sinal de cruz.
No dia três de outubro, Dyonathan matou a adolescente Gleice Kelly da Silva, 13 anos. O corpo da menor foi encontrado seminu, também em formato de cruz, em uma obra.
Entre o segundo e o terceiro assassinato, Dyonathan quase fez mais uma vítima. A vítima, que era mulher, chegou a ser abordada pelo maníaco.
Depois de uma série de perguntas, como se ela era virgem ainda e se já tinha namorado alguma vez, o assassino julgou a vítima como pura e a liberou.
Prisão
Após investigações, Dyonathan foi identificado e apreendido dias após o terceiro crime. O maníaco foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. No local ele permaneceu até 2013, quando fugiu.
Fuga
Dyonathan fugiu da Unei no dia três de março de 2013 e foi localizado no dia 27 de abril do mesmo ano na cidade de Horqueta, no Paraguai.
Durante o tempo que passou foragido, o medo se espalhou novamente em todo o Mato Grosso do Sul, principalmente na cidade onde o maníaco fez as vítimas.
Transferido para Campo Grande
Quando completou 21 anos, Dyonathan ganharia a liberdade, porém laudos médicos apontaram que ele não poderia ser reinserido no convívio social pois poderia voltar a cometer assassinatos. Ele foi transferido para Campo Grande e hoje ocupa uma das celas do Presídio de Segurança Máxima.
No decorrer da internação, ele chegou a ameçar um agente penitenciário com um garfo e também fez greve de fome.
Hoje, em cela separada dos demais presos, Dyonathan é acompanhado regularmente por uma equipe médica e também cursa a faculdade de gestão ambiental à distância.
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