Em entrevista a coluna de Mônica Bergamo em marco passado, Andréa afirmou que estava mergulhada na vida de Hebe e devorando tudo sobre ela. “Tô procurando, devorando, estudando, vendo dez, oito horas por dia de vídeo, lendo todas as entrevistas”, disse a atriz, que recebeu o convite para viver Hebe na ficção já em 2014, quando nasceu o projeto do longa-metragem.
“Não é nada fácil fazer essas personagens que existem [na vida real]. É uma situação delicada porque, além de você não querer trair a pessoa que viveu, é difícil fugir da imitação pura e simples. Eu gostaria de achar a energia, a pulsão de vida dela, como ela se comporta, por onde vem a fala, os movimentos. O lugar dessa espontaneidade”, afirmou Andréa à época.
De acordo com a Warner Bros., distribuidora do longa, as primeiras cenas do filme começaram a ser gravadas no início da semana. O elenco ainda conta com Marco Ricca, Caio Horowicz, Danton Mello, Gabriel Braga Nunes, Danilo Grangheia, Otávio Augusto, Claudia Missura, Karine Telles e Daniel Boaventura.
O filme mostrará Hebe na década de 1980, período em que, nas palavras da roteirista, Carolina Kotscho, ela “não fugia de nenhum assunto. É a hora em que ela se apresenta, se aceita, se coloca. Se joga no abismo”. Carolina também é produtora do longa, assim como Lucas Pacheco e Claudio Pessutti, sobrinho e empresário de Hebe.
Naquela década, por exemplo, Hebe admitiu ter feito aborto, defendeu os homossexuais e fez discursos politizados em seu programa -um deles, em que criticava os constituintes, lhe rendeu uma ameaça de processo de Ulysses Guimarães. Midiamax