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Santa Casa de Barretos, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
A mulher de um homem de 72 anos induzido ao coma por um golpista em Barretos (SP) afirma que o suspeito se passou por paciente do Hospital de Câncer para enganar o casal.
A vítima foi encontrada desacordada na última terça-feira (19) na frente do pronto-socorro da Santa Casa depois que o desconhecido o levou de uma praça em frente ao hospital prometendo ajudá-lo a obter benefícios previdenciários. Ela continua internada em coma há mais de 24 horas. A Polícia Civil procura o suspeito. Ninguém foi preso.
A esposa, que prefere não ser identificada, é de Minas Gerais e faz tratamento no hospital. Ela conta que estava sentada com o marido em um banco de uma praça próxima à instituição quando o golpista se aproximou e começou a conversar.
Ele chegou a mostrar uma cicatriz para reforçar sua história até os convencer de que realmente estava disposto a ajudar com o auxílio-doença.
“Primeiro falou que estava lá em tratamento de câncer. Pegou e ainda mostrou que estava com uma cirurgia que tinha feito aqui. Está com dez anos que ele está aí fazendo tratamento. Aí me perguntou se eu tinha mexido pra arrumar o benefício por causa de eu estar com esse problema”, conta.
Ela conta que, depois de levar o marido dela a um local desconhecido, o suspeito voltou com ele minutos depois, pegou documentos e os R$ 250 que ela havia reservado para gastar na cidade.
Na sequência, ele pediu que o casal o acompanhasse, mas a mulher conta que não conseguiu ir, pois ele andava muito rápido. Ela decidiu ficar e combinou de encontrar o idoso mais tarde na casa de apoio em que costumam se hospedar. “Ele foi e o meu marido falou: então você me espera ali na casa de apoio”, relata.
Preocupada com a demora do marido em retornar, a mulher comunicou assistentes sociais da casa de apoio em Barretos, que descobriram que ele tinha sido internado na Santa Casa e estava em coma.
“Não acorda, não corresponde a nada, tá preocupante a situação dele”, afirma Raquel Aparecida de Castro, coordenadora da casa de apoio.
Investigações
Responsável pelas investigações na Polícia Civil, o delegado Antônio Alício Simões Júnior afirma que ainda tenta identificar o golpista, bem como a substância utilizada por ele no idoso.
Segundo ele, essa não é a primeira vez que pacientes são abordados nas proximidades do Hospital de Câncer. Em um dos pacientes dopados, o exame de sangue apontou que foi aplicada uma combinação de três medicamentos, incluindo dipirona e anfetamina, afirma o delegado.
Simões Júnior suspeita que o autor seja de fora e acompanha a prática semelhante em Goiás. “Temos algumas informações, fomos procurados pelo delegado de Rio Verde (GO), que próximo ao hospital lá teve o mesmo golpe.”
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O delegado Antônio Alício Simões Júnior, de Barretos (SP) (Foto: Reprodução/EPTV