O abastecimento e combustível nos municípios do interior de Mato Grosso do Sul continua prejudicado. Levantamento do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes do Estado (Sinpetro-MS) aponta que entre 30 e 35 municípios continuam com situação crítica, sem nenhum tipo de combustível.
“Alguns comboios estão seguindo para o interior, sempre escoltados. São três a quatro por dia, mas nem todas as cidades estão sendo contempladas”, confirmou o gerente executivo do Sinpetro, Edson Lazaroto.
Enquanto isso, em Campo Grande quase 100% dos postos receberam combustível e quase não há mais filas pra abastecer. “Há entra e sai, mas está se normalizando desde sábado”, explica o representante da entidade.
Porém a calmaria pode ter data para acabar. Isso porque está prevista greve dos petroleiros para amanhã (30). Convocada pela Federação Única dos Petroleiros e seus sindicados filiados, a greve nacional de adevertência deve durar 72 horas. O protesto é pela redução dos preços dos combustíveis e pela saída do presidente-executivo da Petrobras, Pedro Parente.
A manifestação deverá agravar ainda mais o desabastecimento que teve início após os bloqueios realizados pelos caminhoneiros em greve – que pedem a redução do preço do diesel – desde o dia 21 – e impedem a saída de veículos das distribuidoras para a entrega de gasolina, etanol e óleo diesel às bombas. No Estado ainda há concentração de caminhoneiros nas rodovias estaduais e federais, e alguns dizem que vão pernacer em protesto até esta quarta-feira, para se juntarem aos petroleiros.
“É uma greve de alerta, mas se pode prolongar, se estender igual a dos caminhoneiros. Acredito que o governo já vai agir rápido para que não aconteça algo pior. Se não será o caos”, diz Lazaroto. “Com o combustível que temos em Campo Grande, podemos segurar uma semana para não ficar desabastecido totalmente. Mas tem que chegar combustível porque pode ficar crítico”. Correio do Estado