Em entrevista à rede francesa BFM TV, o promotor François Molins informou que o pai — cujo nome não foi divulgado — havia saído para fazer compras. “O problema é que ele demorou para voltar para casa, simplesmente porque quando saiu da loja, começou a jogar Pokemon Go, o que atrasou seu retorno ao apartamento”, disse.
Ainda segundo a rede francesa, o homem deve ser julgado pela omissão das obrigações parentais em 25 de setembro. Se condenado, ele pode pegar até dois anos de prisão e pagar multa de até 30 mil euros.
Resgate
O resgate espetacular, gravado e divulgado nas redes sociais, mostra o malês Mamudu Gasama escalar em trinta segundos quatro varandas da fachada de um prédio para chegar ao quarto andar, recuperar o menino pendurado e colocá-lo em segurança. “Por sorte, havia alguém com boas condições físicas e com coragem para ir buscar o menino”, afirmaram os bombeiros.
A criança e Gasama foram levados a um hospital para exames de rotina. “O socorrista se queixava do seu joelho e o menino estava em choque”, indicaram os bombeiros, afirmando que os dois passam bem. O vice-prefeito de Paris, Ian Brossat, afirmou que o jovem malês que resgatou o menino está com sua documentação irregular.
“O jovem homem que salvou um bebê (…) escalando três andares não tem documentação e chegou do Mali em setembro. Aviso aos que cospem diariamente nos imigrantes. Obrigado, Mamudu Gasama”, tuitou o prefeito adjunto.
Pouco antes, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, tinha parabenizado o jovem. “Um grande ‘bravo’ a Mamudu Gasama por seu ato de coragem que permitiu salvar ontem à noite a vida de um menino. Tive o prazer de falar com ele por telefone hoje”, escreveu no Twitter.
Apresentado pela imprensa francesa como um herói, Mamudu Gasama contou também à BFM TV que “viu muitas pessoas gritando e buzinas de carros”.
“Saí, corri para procurar as soluções para salvá-lo. Consegui me pendurar em uma varanda, subi e assim graças a Deus o salvei”, disse. Depois disso, o pai do menino foi colocado em prisão provisória devido ao início de uma investigação por “alienação de obrigações parentais”, afirmou uma fonte judicial. Midiamax