Dia 17 completou um mês do desaparecimento do adolescente Luiz Danilo Avalhas Marques, de 15 anos, na região do distrito do Alto Tamandaré, distante cerca de 80 km de Paranaíba. Ele teria sofrido um acidente com um trator e, por medo de retaliação dos pais, fugido para a mata.
Desde a data, inúmeras hipóteses do que poderia ter acontecido com ele foram levantadas. Apenas uma pegada, às margens de um riacho como prova física de vida, intrigou os mais de 80 civis que ajudaram nas buscas, além de bombeiros, policiais e equipes de busca especializada.
A Polícia Civil instaurou inquérito e investiga o caso. De acordo com o delegado Arivaldo Teixeira, responsável pela Delegacia Civil de Paranaíba, testemunhas estão sendo ouvidas e a mãe de Luiz Danilo, Mirelli Katiane Avalas, prestou depoimento na sexta-feira (18). A cabana Durante as buscas, uma equipe chefiada pelo socorrista Neto Giraldi encontrou folhas trançadas em uma árvore, no sentido a Cassilândia que, possivelmente, indicariam que uma pessoa esteve no local, que seria uma espécie de cabana. “Não eram folhas que pararam com o vento. Era nítido que alguém fez aquilo e deitou-se sobre as folhas.
Não acredito que ele ou alguém tenha dormido, mas, passado um momento”, disse. Outro indício da passagem do garoto pelo local foram bacuris (espécie de coco do serrado) encontrados com sinais de mordidas. As pegadas Uma equipe da Prefeitura de Paranaíba que esteve no local encontrou pegadas em uma prainha, distante cerca de 60 km, aproximadamente sete dias depois, mas a possível passagem do menor por ali foi descartada.
“Não encontramos nada de consistente na mata. As pegadas, embora de parecessem com o pé dele, eram de algumas pessoas que andaram no local, refazendo a possível rota”, contou Jander Aparecido, da prefeitura. A rodovia No quinto dia de buscas, um idoso entrou em contato com a Polícia de Cassilândia para informar que teria visto o adolescente numa rodovia e que ele teria corrido para a mata.
“Nós fomos até o local, andamos onde o idoso apontou que o Luiz estaria, mas não encontramos nenhum indício”, disse o soldado Ericsson Rocha. A Polícia O boletim de ocorrência foi registrado no dia seguinte ao do desaparecimento, porém a ocorrência foi atendida pela Delegacia de Cassilândia e, como distrito pertence a Paranaíba, a polícia local enviou o caso para investigação.
Os bombeiros O 4º Subgrupamento de Bombeiros Militar de Paranaíba encerrou no dia 29 as buscas pelo adolescente. Os militares deram suporte às buscas desde o dia 19, quando a família fez o primeiro contato. Eles trabalharam com cães farejadores, além do auxílio de drones e de um helicóptero.
A mãe “Meu filho está vivo! Tenho certeza que sim. Pra mim, ele não voltou pra casa porque está machucado e desorientado, e não está sabendo mais onde está. Por isso que não veio para casa. Mas, tenho fé em Deus que ele voltará”, disse. A mãe relatou que o pior horário do dia é quando começa a anoitecer, pois sempre tem a esperança do filho chegar. “Meu esposo não está bem. Ele quer achar o filho, mas onde? É como procurar uma agulha num palheiro”, relatou. JP News