Para a segunda quinzena de junho, está prevista abertura de edital para contratação de até 60 professores para atuação na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). O processo seletivo vai contemplar todos os 66 cursos da instituição, distribuídos em Campo Grande e outros 14 municípios.
A informação foi repassada nesta tarde (18) ao Campo Grande News pelo reitor da universidade, professor Fábio Edir dos Santos Costa.
Serão contempladas todas as áreas do conhecimento, com pelo menos 1 professor para cada curso. “Desde o ano passado, estamos fazendo levantamentos sobre a situação dos cursos e já pactuamos junto aos coordenadores sobre as necessidades de todas as unidades”, diz.
Segundo Fábio, é importante avaliar as possibilidades do ponto de vista financeiro e orçamentário para abertura de concursos públicos, considerando a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), a legislação eleitoral, já que haverá pleito neste ano, e a lei 135/2017, sobre a repactuação das dívidas dos estados.
“Nosso estado já atingiu o teto com gasto pessoal. Por isso, a abertura de processos seletivos é muito criteriosa. Por outro lado, a instituição precisa planejar o pagamento de salários dos concursados após a posse”, complementa.
Fábio Edir afirma que a UEMS vem trabalhando firmemente no preenchimento de vagas mais urgentes. Há contratações para as áreas onde não se consegue quantidade adequada, por meio dos concursos, para atender as necessidades dos acadêmicos.
Vaga pura – Todo o corpo docente da UEMS tem a graduação como referência. Segundo o reitor, nos editais é atribuição básica os professores serem graduados para gerar a chamada “vaga pura”, sendo preciso contratar os profissionais para novos programas, pós-graduação, doutorado, mestrado.
Rebatendo reclamações sobre “vantagens” que alguns cursos estariam tendo, o reitor explica que houveram questões pontuais no de pedagogia e medicina.
“Teve um adiantamento de concurso na pedagogia por estar vinculado ao programa de mestrado e ter recebido nota 4 do MEC – o que permite entrar com processo solicitando programa de doutorado. Neste caso, foram duas, em caráter emergencial”, detalha.
No caso da medicina, que teve processo aberto na semana passada, o reitor diz que há uma exceção, por ser exigido que o professor médico acompanhe os acadêmicos em unidades de saúde do município, por meio de um convênio com a Prefeitura.
“Temos uma deficiência na oferta de profissionais médicos, que recebem o mesmo salário de todos os docentes das outras áreas. Dificil fixar esse professor. Muitas vagas são preenchidas, mas eles acabam abandonando por questões salarais”, conclui. Campo Grande News