Amor” foi a última palavra dita por Soraia Macedo de Lemos, de 17 anos, à namorada antes de ser morta com um tiro na cabeça. Nicole Cespe, namorada de Soraia, esteve no início da tarde desta quarta-feira (16) no Instituto Médico Legal, na região central do Rio, com a mãe da vítima.
“Eu ajoelhei, ela virou pra mim caída e só falou ‘amor’. Em todo momento ela estava respirando, estava me escutando, mas não respondia”, contou Nicole.
Soraia foi assassinada na noite desta terça-feira (15). Segundo testemunhas, os bandidos dispararam na jovem após se irritarem por não conseguirem desbloquear o celular da vítima. Nicole e a mãe de Soraia foram ao IML fazer o reconhecimento do corpo da jovem.
Eu estou aqui, levaram meu telefone, mas eu estou aqui. Tiraram a vida de uma pessoa vaidosa, gostava de se cuidar, tinha muitos sonhos pela frente. Ela tinha 17 anos. Levaram o meu telefone, não o dela, mas tiraram a vida dela”, desabafou a namorada de Soraia.
Nicole, que estava com Soraia no momento do assalto, disse ainda que os dois criminosos as ameaçavam as de morte o tempo todo. O enterro da jovem está marcado para ocorrer às 13h no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador.
“Quando eu vi ela caída, eu comecei a xingar eles. Logo em seguida, eu ajoelhei no chão e pedi para ela ficar calma. A última palavra que ela falou foi ‘amor’ antes de cair. Ela conseguiu falar essa palavra e em seguida caiu no chão”.
Mãe passa mal
A mãe de Soraia passou mal após saber da morte da filha. De acordo com um primo da adolescente, a mulher teve uma reação física grave, ficou muito nervosa e teve que tomar calmantes.
Numa rede social, a mãe da estudante também fez um desabafo falando sobre o impacto da morte. A jovem foi morta próximo ao Colégio Estadual Professora Marua de Lurdes de Oliveira Tia Lavor, na Rua Sargento João Lopes.
De acordo com testemunhas, após pegarem o aparelho, um iPhone, os criminosos ficaram irritados por não conseguirem desbloquear a tela. Um dele, então, atirou na cabeça da jovem. Ela ainda foi levada ao Hospital Municipal Evandro Freire, também na Ilha do Governador, mas não resistiu. G1