Gente de Cassilândia: Rubens Guilherme, o dentista e caçador dos velhos tempos, chega aos 80 anos

Rubens Guilherme, o Rubens Dentista, pioneiro na odontologia em Cassilândia há mais de 50 anos completou 80 anos de idade

O Cassilândia Urgente está sempre mostrando as pessoas da cidade. Hoje destacamos o pioneiro Rubens Guilherme, o Rubens Dentista, que mora em Cassilândia há 57 anos e que completou 80 anos de idade.

Rubens Guilherme nasceu na cidade de São José do Rio Preto, no Estado de São Paulo, no dia 30 de agosto de 1937, filho do casal Antônio Francisco Guilherme e de Aparecida Gomes Guilherme, tendo dois irmãos: Reinaldo e Reny, esposa do engenheiro Ruy Hans, da cidade de Paranaíba. Filho de barbeiro, mudou-se para Paranaíba, onde aprendeu a profissão de dentista com o dentista prático chamado Marcílio Alves Diniz, depois com outro dentista Andrew Robalino. No dia 2 de janeiro de 1961 mudou-se para Cassilândia, cidade que naquela época era muito pequena e não contava esse tipo de profissional.

Ele veio inicialmente para trabalhar durante três meses, mas acabou ficando por muito mais tempo, conforme iremos verificar. O seu consultório passou a ser o único completo de Cassilândia, o que atraiu grande número de pacientes, chegando a cuidar até de presidiários até a chegada do posto de saúde municipal. Rubens era o único bom obturador da região e ainda arrancava dentes como ninguém.

Rubens Dentista, contudo, não vivia só de trabalho. Seu passatempo favorito naqueles tempos passados eram as caçadas e as pescarias. Numa época que havia animais sobrando, matou, segundo contou, mais de duas mil capivaras e catetos, além de patos, onças, antas, perdizes, jacarés, pacas, mergulhões, mateiros, veados, emas, seriemas, teiús, todos os tipos de aves e até sucuris. A carne era sempre repartida, às segundas-feiras, com amigos, vizinhos e pessoas carentes que iam para a sua casa à procura do que comer. Ele havia lançado as caçadas sociais. Um dia foi obrigado a matar uma sucuri de sete metros que havia atravessado no seu caminho. Era matar ou morrer.

Há décadas ele contava com diversos cães de caça como o melhor para caçar paca, o Ligeiro, e o melhor para capivara, o Campeão, bem como o Corumbá, um bom cão farejador. Naqueles anos havia no fundo de sua residência um canil com cerca de 12 cães de caça, além de uma criação de pacas.

Com a legislação que mudou e foi ficando mais rigorosa, as caçadas e as pescarias foram ficando para trás e hoje só restam recordações. Boas recordações, por sinal. Como em histórias de pescador e de caçador, sempre um metro vira dois, alguns de seus amigos gostavam de duvidar da veracidade dessas informações, mas tudo com bom-humor, tudo nos limites do pitoresco e da galhofa.

Em 1986, Rubens Dentista afirmou que quando mudou-se para Cassilândia, ali perto de sua casa, onde a asfaltada Rua Sebastião Leal atravessava para a Vila Pernambuco, era uma chácara do senhor Joaquim Barbosa, onde havia um curral, era pura pastagem, onde a cidade terminava logo após começar de tão pequena que era.

Rubens Dentista casou com Euzira Peralta Russafa Guilherme e teve quatro filhos: Rose, Antônio Vicente, Tânia Meire e Miriam Cinara. O casamento ocorreu no dia 15 de setembro de 1963. Numa determinada data o enlace matrimonial foi desfeito.

Rubens Guilherme, o Rubens dentista, foi também jogador de futebol e chegou a defender o CAP de Paranaíba, e, a partir do momento em que passou a defender o CAC de Cassilândia, nunca mais perdeu para a equipe vizinha.

Esta narrativa sobre Rubens Guilherme foi registrada no ano de 1986 e está por merecer a devida atualização, o que iremos fazer em breve.

Afinal Rubens Dentista é gente de Cassilândia.

Extraído do livro A História de Cassilândia, de Corino Alvarenga

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