Brasil vence a Rússia por 3 a 0 em amistoso no palco da final da Copa

Jogadores comemoram um dos três gols contra os donos da casa

Em um amistoso no palco da final da Copa do Mundo, em Moscou, a Seleção Brasileira de Tite sofreu no primeiro tempo diante dos donos da casa, encontrou dificuldades para criar, mas tudo mudou após o intervalo. O ferrolho russo caiu diante de gols de Miranda, Philippe Coutinho e Paulinho, que determinaram o confortável 3 a 0.

Tite escalou uma equipe bastante ofensiva, com Philippe Coutinho deixando a posição mais aberta, pelo lado direito, que vinha ocupando nas Eliminatórias, para fazer parte do trio de meio-campo com Casemiro e Paulinho. Na frente, Willian pela direita, Gabriel Jesus como centravante e, na esquerda, no lugar que é território do lesionado Neymar, o ex-gremista Douglas Costa.

A Rússia mostrou, desde o início, que o técnico brasileiro acertou ao escolher o adversário. Tite reitera com frequência sua preocupação com equipes que formam uma linha com cinco jogadores na defesa, assim como a Inglaterra fez contra a Seleção, causando extremas dificuldades dos brasileiros para criar no empate em 0 a 0. O treinador queria enfrentar rivais com essa formatação para preparar a equipe. E foi esse paredão à frente da área que os russos montaram.

O bloqueio poderia ter sido furado logo cedo, aos 4 minutos, quando Daniel Alves acertou lançamento primoroso às costas da defesa e encontrou Gabriel Jesus na área. Ele teve tempo de dominar e finalizar para difícil defesa do goleiro Akinfeev.

O lance, porém, foi isolado. Logo o Brasil repetiu as dificuldades para infiltrar na defesa adversária que marcaram o amistoso diante dos ingleses. O time tinha controle da bola, ocupava totalmente o campo ofensivo, mas as chances eram raras. Por vezes, as trocas de passe eram em ritmo lento, facilitando o trabalho dos marcadores. Em outras, a Seleção até acelerava as jogadas, mas na hora de dar o último passe, voltava a bater no paredão.

Aos 27 minutos, Douglas Costa arrancou e driblou, abrindo um pouco de espaço na retranca antes de servir Willian. O meia, porém, demorou a finalizar e o chute saiu nas mãos do goleiro.

O sucesso defensivo animou a Rússia, que teve boas oportunidades do meio para o fim do primeiro tempo. Na melhor delas, Smolov cruzou rasteiro para Miranchuk, que mandou para fora.

O sofrimento brasileiro com a retranca se dissipou logo no início da segunda etapa. A velocidade foi a chave para que o time de Tite criasse oportunidades. Logo aos 2 minutos, após boa jogada tramada por Douglas Costa e Willian, Paulinho chutou para defesa de Akinfeev e, no rebote, Coutinho mandou por cima. Logo depois, Gabriel Jesus ajeitou para Willian, que chutou, a bola desviou na zaga e atingiu o rosto do goleiro russo.

A pressão foi recompensada aos sete: após cruzamento na área vindo da direita, Thiago Silva cabeceou, Akinfeev espalmou e, no rebote, Miranda completou para fazer 1 a 0. Aberta a porteira, a boiada se sentiu autorizada a passar.

Aos 15 minutos, Paulinho foi empurrado na área. Pênalti que Coutinho cobrou com precisão. Aos 20, Willian fez bela jogada pela direita e cruzou na cabeça de Paulinho para o 3 a 0.

Com o placar definido e a retranca russa finalmente vencida, o Brasil administrou o jogo. Até levou um susto em um bate e rebate na área que terminou com Thiago Silva salvando em cima da linha. Aos 40 minutos, o gremista Geromel entrou no lugar de Miranda, e a Seleção segurou o placar que dá confiança para enfrentar os bloqueios defensivos que vêm por aí. Zero Hora

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