O cachorro flagrado pelas câmeras de uma livraria tentando “furtar” um livro em Novo Hamburgo foi encaminhado para um lar temporário, onde ficará até ser adotado por uma família. Kustelinha, como foi batizado por estar muito magro, foi resgatado na segunda-feira (19), tomou banho, ganhou medicação e tem consulta marcada com veterinário nesta terça (20). “Pensa num amor de cachorro. É ele”, garante Fátima Ferreira, que resgatou o animal junto com duas amigas.
Elas colaboram com uma ONG de proteção animal, mas estão acolhendo Kustelinha por conta própria. Desde o ano passado, ele vem sendo visto pelo campus da Feevale, universidade onde a livraria fica. Fatima diz que já havia levado remédios para ele, e encaminhado Kustelinha para outro lar temporário, em uma residência. “Porém, ele fugiu”, conta.
Dessa vez, ele ficará em uma casa de acolhimento, e será posto para adoção após cuidar da saúde e ser castrado. Como ainda não foi examinado pelo veterinário, não foi possível estimar a idade de Kustelinha.
Em nota enviada ao G1 na segunda, a universidade Feevale explicou que a presença de cachorros no campus é corriqueira. Leia a nota na íntegra:
Os cães têm sido uma realidade no Campus II já há algum tempo. Vítimas do abandono, eles encontram na Feevale a acolhida dos estudantes que muitas vezes os alimentam e dão carinho. Com isso, eles são muito tranquilos e já estão habituados a circular por todos os espaços do Campus, sem cerimônia. A Universidade Feevale acredita que o Campus não é o local adequado para os cães permanecerem, por isso vem incentivando a adoção de animais, por meio da promoção de eventos e parcerias com ONGs. Atualmente, está em tramitação no Ministério da Educação (MEC) o projeto de implantação do curso de Medicina Veterinária na Instituição. Tão logo seja dado o aval, será construído um Hospital Escola Veterinário, com um investimento de cerca de R$ 22,5 milhões, onde haverá atendimento de animais (castração, exames hematológicos e tratamento clínico e cirúrgico), incluindo os que transitam pelo Campus, evitando assim a superpopulação e a transmissão de doenças que, sem o cuidado adequado, podem vir a ocorrer. G1