A morte do físico britânico foi confirmada em uma nota divulgada por seus filhos, Lucy, Robert e Tim. “Ele era um grande cientista e um homem extraordinário cujo legado viverá por muitos anos. Sua coragem e persistência com seu brilhantismo e humor inspiraram pessoas ao redor do mundo.” O comunicado não detalhou a causa da morte.
A enorme contribuição de Hawking para a ciência veio em duas frentes. Na divulgação científica, introduziu a cosmologia ao público leigo com livros que explicaram o mundo fascinante da astrofísica com uma linguagem acessível e apelo pop como O Grande Projeto (2010), O Universo numa Casca de Noz (2001) e, principalmente, Uma Breve História do Tempo (1988), um best-seller que vendeu mais de 10 milhões de cópias ao redor do planeta. Na área acadêmica, desenvolveu estudos sobre gravidade, teoria quântica, relatividade e, acima de tudo, buracos negros.
Encantado pelos mistérios do universo, o próprio Hawking era um mistério para a medicina. Com base em casos semelhantes, os médicos lhe deram poucos anos de vida depois do diagnóstico da doença. Erraram por muito. A ELA, porém, deixou o físico incapaz de se mover. Quando Hawking alcançou o estrelato, após a publicação de Uma Breve História do Tempo, já não tinha capacidade nem de falar – e “sua voz”, que se tornaria mundialmente conhecida, seria o som metálico do sintetizador usado para ler o que ele digitava.
Desde 1985, Stephen Hawking fala por meio de um sintetizador de voz, que diz as palavras registradas em um computador. Isso acontece por causa de uma doença degenerativa que causou a paralisia quase completa do seu corpo Veja