O hábito de beber uma cervejinha, vinho ou destilado de vez em quando relaxa, mas sabemos muito bem que beber demais mais atrapalha do que ajuda.
Durante o estudo, que durou 5 anos, os pesquisadores analisaram só pessoas diagnosticadas com demência e perceberam que o fator de risco evitável que foi mais influente para o início do quadro era justamente o álcool: o risco de ter demência quando o consumo dessas bebidas é excessivo é três vezes maior.
Quando falamos em demência precoce (ou seja, que começa antes dos 65 anos), 57% dos casos estavam ligados a problemas com álcool.
O que os pesquisadores não sabem, no entanto, é se isso tem a ver diretamente com a bebida alcoólica ou está ligado a outros hábitos ligados a este estilo de vida, como tendência a fumar, sedentarismo e até depressão.
Afinal, o que é demência?
Muitas pessoas associam a demência à loucura, mas este quadro é muito mais complexo do que isso. “Na demência ocorre declínio da capacidade cognitiva associado a alterações no comportamento, com perda da capacidade de executar tarefas complexas”, explica o geriatra Roberto Miranda.
Existem dois tipos de demência:
Demências reversíveis , que podem ser causadas pelos seguintes fatores: depressão, quadros endócrinos (hipotireoidismo ou hipertireoidismo, dentre outros), má nutrição, deficiências vitamínicas (B12, ácido fólico, tiamina), anemia, desidratação, uso indevido de medicações, hidrocefalia normotensiva, infecções e tumores cerebrais. Ao se tratar a questão originária, os sintomas demenciais habitualmente desaparecem.
As demências irreversíveis são caracterizadas por processos degenerativos do cérebro. Fazem parte deste grupo: doença de Alzheimer, doença vascular, doença de Creutzfeldt-Jakob, doença de Huntington, doença de Pick, doença de Parkinson, demência associada à aids e demência decorrente de traumatismo craniano. Terra