Mais um caso de estupro foi registrado nesta quarta-feira (7) contra uma mulher de 27 anos, que foi vítima de um entregador de panfletos, que depois do crime continuou trabalhando normalmente. Ele foi detido pelo dono da empresa onde teria pedido emprego.
Durante a audiência de custódia nesta quinta-feira (8), o autor foi levado para o Instituto Penal de Campo Grande. Ele já tinha passagens por furto e receptação, e estava em condicional.
O autor teria ido até uma empresa de distribuição de gás pedindo emprego sendo orientado pelo dono do local a distribuir panfletos na região. Ao chegar a residência de uma mulher pediu água e entregou um panfleto.
Quando a vítima voltou ele anunciou o assalto e levou a mulher para dentro da casa. Informações são de que o entregador estava com três camisinhas no bolso, sendo que duas estouraram e ele usou uma para cometer o estupro.
Depois do crime, o autor foi embora e continuou trabalhando normalmente. A vítima com panfleto em mãos foi até a distribuidora de gás e avisou o dono do local sobre o que tinha acontecido.
O proprietário esperou o autor voltar e o deteve acionando a polícia. Ele foi levado para a delegacia de polícia e nesta quinta (8) passou por audiência de custódia.
Mato Grosso do Sul lidera o ranking de estupros no Brasil, com quatro por dia, de acordo com o 11ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2017.
O número de registros chegou a 1.458, um aumento de 2% em relação ao ano interior, quando foram 1.429 casos de estupro. A taxa média ficou em 54,4 estupros por 100 mil habitantes, a maior incidência do crime no país, seguido do Amapá com 49,2 e Mato Grosso 48,8.
Em Campo Grande foram registrados 443 crimes de estupro, uma média de 1,2 casos diariamente. O número é praticamente o mesmo registrado em 2015, ao todo 448 pessoas foram sofreram violência sexual, fazendo com que a cidade atingisse a taxa de 51,3 de vítimas a cada cem mil habitantes.
O país registrou, em 2016, 49.4697 casos de estupro, sendo 10 mil em São Paulo, 4,3 mil no Rio de Janeiro e 4,1 mil no Paraná. Midiamax