Governo Federal corta pela metade investimentos em fronteiras de MS

Governo Federal corta pela metade investimentos em fronteiras de MS

Soldado faz segurança na fronteira com menos recursos

Em um ano, o governo do presidente Michel Temer (MDB) cortou pela metade os investimentos planejados pelo Exército na defesa das fronteiras de Mato Grosso do Sul, para combater o tráfico e a entrada de drogas no país

O Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) recebeu R$ 285,7 milhões de recursos em 2016, número que caiu para R$ 132,4 milhões em 2017. A queda nos investimentos é de mais de 53%.

O Sistema começou a ser implantado em 2013, e atualmente cobre uma extensão de 650 quilômetros da fronteira do Estado, nos limites com a Bolívia e o Paraguai. A área corresponde a apenas 4% de todas as fronteiras do país.

O curso para que o projeto fosse implantado em toda a fronteira nacional seria de mais de R$ 11,9 bilhões. Por isso, a previsão de que essa defesa íntegra seria instituída até 2022 – agora a previsão é de que só ocorra em 2035.

Neste ano, o governo previu um orçamento para o Sisfron de R$ 391,5 milhões – uma redução de 16% frente aos R$ 449,7 de investimentos previstos em 2017, a grande maioria não utilizados por causa de cortes e contingenciamentos.

Proteção comprometida

Para o comandante do Exército Brasileiro, esses cortes comprometem o Sisfron. “De uma maneira geral, muitos dos causadores do problema de segurança pública nas grandes cidades passam pelas fronteiras”, afirma.

“É essencial mantermos as fronteiras sob vigilância. Precisamos aplicar a tecnologia, um sistema avançado, que permita o monitoramento”, conclui.

Redes de sensoriamento, centrais de comando e integração com a Polícia Federal fazem parte dos investimentos do Sisfron. Além da fronteira, o sistema garante o monitoramento de uma área de 150 quilômetros de largura. Midiamax

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