O professor substituto de uma escola municipal em Campo Grande foi preso nesta segunda-feira (22), após denúncia anônimas feitas na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depac). Quatro adolescentes, com idades entre 14 e 17 de anos, confirmaram ter recebido propostas em dinheiro para praticarem sexo com o suspeito.
O delegado titular da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), Paulo Sérgio Lauretto, explicou que a primeira denúncia chegou ao conhecimento da polícia por intermédio da Delegacia Virtual (Devir) em novembro do ano passado. Por três meses, foi realizado monitoramento e com auxílio de print (cópia) de conversas nas redes sociais, foi possível realizar a prisão, na Vila Popular, bairro onde o suspeito reside.
“Os adolescentes confirmaram que iniciaram amizade virtual (pelas redes sociais) depois que o professor ministrou aulas. Conforme conquistou a confiança dos meninos, pediu que mandassem fotos e vídeos exibicionistas e ainda oferecia entre R$ 40 e R$ 50 para prática de atos libidinosos”, detalhou o delegado.
SILÊNCIO
O suspeito permaneceu em silêncio durante toda oitiva na delegacia e só se manifestou para dizer que falará somente em juízo. Na saída da Depca, o suspeito demonstrou irritação com a presença da imprensa, mas não falou em nenhum momento. Ele chegou na unidade policial por volta das 10h e saiu do local, às 17h, para presídio na Capital.
Lauretto acrescentou que todas as vítimas afirmaram não ter tido contato físico com o professor, porém duas situações assustaram os adolescentes. “Um contou que foi abordado em via pública e convidado a praticar ato libidinoso, enquanto que o outro estava no banheiro da escola e o suspeito tentou tocá-lo”.
O delegado responsável pelo inquérito informou ainda que solicitará à Secretaria Municipal de Educação (Semed) mais informações sobre o professor que atuava como substituto em aulas de matemática.
Até a publicação desta matéria, a equipe de reportagem do Portal Correio do Estado não tinha recebido nota retorno da assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande. Correio do Estado