Cassilândia, ao longo da história, tem sido maltratada mormente por sua classe política.
Mesmo com lideranças que ascenderam durante décadas no cenário estadual e mantiveram por aqui os seus currais eleitorais, Cassilândia nunca conheceu o progresso, e isso na contramão de seus vizinhos como Chapadão do Sul, Costa Rica e Inocência.
A classe política local sempre preferiu priorizar os seus interesses pessoais, “batalhar” por empregos de marajás, cargos fantasmas na governadoria, nos gabinetes de deputados e senadores, vantagens e penduricalhos, além, é claro, dos marajás de concursos públicos de fachada, isto é, na base do QI – Quem Indica.
Os interesses reais de Cassilândia e sua população sempre ficaram em último plano – e isso caso tenham ficado em algum plano, veja bem.
Não se viu até hoje em Cassilândia um projeto de desenvolvimento sócio-econômico sustentável voltado para a expansão do comércio, da indústria e da agricultura.
Quem vai a Campo Grande ou a Brasília, geralmente o faz para pedir esmola e direitos constitucionais para aparecer na fotografia junto ao povo com finalidade meramente eleitoreira.
Cassilândia até hoje nunca entrou de fato na rota do desenvolvimento estadual que o governador Riedel propaga como acima do patamar nacional, “acima do crescimento da média nacional”, blá, blá, blá…
A representatividade política de Cassilândia se baseia em cabides de empregos, em favores nada republicanos em anos eleitorais e em transformar toma-lá-dá-cá em votos.
É por isso que cerca de seis mil cassilandenses moram hoje no Chapadão do Sul e mais de dois mil foram embora somente nos últimos tempos para outras cidades em busca de melhores condições de trabalho e, por consequência, de vida.
Enquanto isso, prefeito após prefeito, a cidade não se desenvolve para a insatisfação geral dos contribuintes que permanecem pagando a conta.
Conta que nunca atrasa.
CORINO ALVARENGA
EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE