Conforme as investigações, há indícios de promessas de vantagens financeiras, entrega de dinheiro e benefícios oferecidos em troca de votos. Entre as provas apresentadas estão gravações, mensagens de WhatsApp e depoimentos que apontam o envolvimento de dois servidores da prefeitura, em abordagens a eleitores. Um dos episódios destacados envolve um candidato opositor a vereador que teria recebido uma oferta de R$ 2.500 e contratos de prestação de serviços como incentivo a apoiar a chapa eleita.
Outro relato aponta a entrega de dinheiro a eleitores no dia da votação. Em um caso específico, uma moradora teria recebido R$ 100 em troca de seu voto. Um vídeo também registrou o candidato a vice-prefeito, Valdiney Souza, prometendo custear o reparo de um veículo de um eleitor para assegurar o apoio de sua família.
A estreita diferença de apenas 14 votos entre os eleitos e o segundo colocado reforça, segundo o MPE, a possibilidade de que as práticas ilícitas tenham sido determinantes para o resultado final do pleito.
Pedido de cassação e inelegibilidade
Com base nos elementos apresentados, o MPE solicita à Justiça Eleitoral a cassação dos mandatos dos eleitos e a inelegibilidade dos envolvidos por um período de oito anos. A Promotoria Eleitoral da 96ª Zona Eleitoral, sediada em Itajá, reuniu diversas evidências para embasar a AIJE, incluindo vídeos, mensagens e depoimentos.
Se as acusações forem confirmadas, a Justiça Eleitoral poderá determinar a anulação do resultado das eleições e a realização de um novo pleito em Aporé.
A reportagem tentou entrar localizar a defesa dos candidatos, mas sem sucesso. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Jornal Opção