Um dos tiros de pistola 9 milímetros disparados na direção de Julio César Estigarribia Pereira destruiu o celular que estava no bolso da bermuda. Apesar de o aparelho servir de escudo para um dos disparos, outro projétil acertou a face do rapaz e atravessou o crânio. Ele morreu menos de três horas depois.
O atentado ocorreu no fim da tarde deste domingo (22) quando Julio César, 21 anos, estava em uma conveniência com amigos, na Rua Vereador Neno Melo esquina com Pastor Ronaldo Costa, no Residencial Dioclécio Artuzi, região sul de Dourados (a 251 km de Campo Grande).
A dupla que praticou o crime segue foragida. Testemunhas afirmaram que os dois homens chegaram em uma moto amarela e o carona abriu fogo na direção de Julio César. O rapaz foi socorrido ao Hospital da Vida, mas por volta de 19h20 os médicos constataram o óbito.
Testemunhas ouviram pelo menos nove disparos. Cápsulas deflagradas foram recolhidas no local. O corpo de Julio César foi liberado ainda na noite de ontem, mas só hoje cedo foi levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
Em julho de 2021, Julio César havia sido preso em uma casa no Residencial Ildefonso Pedroso (na mesma região da cidade) na companhia de João Kewen Arguelho Benício e dois adolescentes. No local, a polícia encontrou uma sumetralhadora 9 milímetros, munições calibre 38 e porções de maconha. Moradores do bairro suspeitam que o rapaz tenha sido morto em briga de facções.