Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), durante a ação de hoje, foi comprovado que os suspeitos alteraram e formataram aparelhos celulares, pois, sabiam que seriam alvo de investigação.
No final de 2023, o MPMS havia deflagrado a primeira fase da operação Turn Off, com 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.
Na ocasião, os alvos foram denunciados por fraudes, corrupção e desvio de dinheiro público na contratação de empresa pela Secretaria de Estado de Saúde, para emissão de laudos médicos, no valor de R$ 12.330.625,08.
O nome “Erasure” é da Língua Inglesa e traduzido para o português, significa apagamento, que faz referência às condutas dos investigados.
1ª fase da “Turn Off”
Em 2023, a organização criminosa fraudou licitações públicas para a “compra” de bens e serviços em geral, como aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS).
Houve também, a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS); a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros.
Segundo o MP, nesse contexto, o pagamento de propina a vários agentes públicos. Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam 68 milhões de reais. Durante os trabalhos, o GECOC confirmou situação através de provas obtidas na Operação Parasita, deflagrada em desembro de 2022.
A operação contou com o apoio operacional do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul.
Turn Off em português, significa ‘desligar’. Foi originado do primeiro grande esquema descoberto na investigação, relativo à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e decorre da ideia de ‘desligar’ (fazer cessar) as atividades ilícitas da organização criminosa investigada.
2ª fase da Turn Off
No início do mês passado o MP, deflagrou a 2ª fase da Operação Turn Off, tendo como objetivo o cumprimento de 2 mandados de prisão preventiva e 7 mandados de busca e apreensão no Município de Campo Grande.
O desdobramento das investigações, conduzidas pelas Promotorias de Justiça com o apoio do GECOC, identificou a continuidade da prática de crimes. Os alvos das prisões preventivas foram réus e denunciados por fraudes e desvio de dinheiro em diversas compras públicas.
São réus, desde 2022, pelo desvio de dinheiro público na compra de uniformes escolares pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 5.610.000,00.
- Em 2023, pelo desvio de dinheiro público na compra de produtos médico-hospitalares pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 6.523.977,94;
- Em 2024, por organização criminosa, corrupção ativa e desvio de dinheiro público na compra de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 13.000.548,00. Thaís Cintra / Correio do Estado