Depois de 25 anos participando de campanhas eleitorais de prefeitos e vereadores na Bahia e em Mato Grosso do Sul, aprendi com o mestre Duda Mendonça que “não existe eleição perdida, mas campanha mal-conduzida”.
E há duas formas de se perder uma eleição: o já ganhou e o já perdeu.
Outro mito que ouvi muito por aí é que dinheiro é tudo numa campanha eleitoral. Pera lá. Nem sempre.
Mais importante do que o dinheiro é a empatia do candidato.
Candidato sem empatia nem se for banqueiro vence um candidato carismático.
Dinheiro só ajuda numa campanha eleitoral se for investido com bom custo-benefício, na hora certa, com o marketing certo, enfim, com a eficiência de quem sabe o que deseja.
As chances são iguais para cada candidato e começam do zero, mas a partir da aí tudo vai depender da forma com que o núcleo da campanha irá tomar as decisões.
E quando se perde uma eleição, a maioria geralmente faz diagnóstico equivocado: “houve compra de votos” ou “o eleitor me traiu e votou no adversário”.
Isso não passa de desculpa de mau perdedor, afinal as decisões tomadas é que foram infelizes ou ultrapassadas.
Há um problema gravíssimo em campanhas eleitorais: os chamados palpiteiros que só atrapalham e tiram a tranquilidade dos candidatos.
Então a solução passa por um núcleo de campanha com poucos profissionais, sendo apenas um de cada área: jurídico, contábil, agenda e marketing, ou seja, quatro pessoas bastam. Mais do que isso vira reunião de sindicato e sempre não termina bem.
Assim para concluir, eu diria: não existe de fato campanha eleitoral perdida, mas candidato despreparado e, sobretudo, mal-assessorado.
CORINO ALVARENGA
EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE