De acordo com a descrição da CID, o distúrbio de games se caracteriza por um padrão persistente ou recorrente de vício em jogos (jogos digitais ou videogames), que podem ser online ou offline, manifestados pelos seguintes sintomas:
1) Dificuldade em controlar a frequência, intensidade e duração ao jogar um game;
2) Aumento da prioridade dada aos games, de modo que jogar tem precedência a outros interesses e atividades diárias;
3) Continuidade ou aumento da frequência em que se joga games, mesmo após ocorrência de consequências negativas.
Este padrão de comportamento é grave o suficiente para resultar em danos pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de atuação. O padrão de comportamento de vício em jogos pode ser contínuo ou episódico e recorrente.
Para que seja completamente diagnosticado, o padrão de comportamento de vício em jogos e outros sintomas normalmente deverá ser observado por no mínimo 12 meses consecutivos, entretanto este período pode ser encurtado desde que atinja todos os requisitos para o diagnóstico e os sintomas sejam muito graves.
A última versão do CID foi disponibilizada em 1992, e a 11ª CID está planejada para ser finalizada este ano.
Em nota enviada ao site Gamasutra a Entertainment Software Association (ESA), repudiou a inclusão do distúrbio de games ao 11º CID:
“A Organização Mundial da Saúde tem conhecimento de que o senso comum e pesquisas direcionadas provam que os games não viciam. E, tornando isso oficial trivializa de forma imprudente doenças mentais reais como depressão e fobia social, as quais merecem total atenção e tratamento da comunidade médica. Nós encorajamos fortemente que a OMS reverta sua direção nessa ação proposta.”
A Entertainment Software Association (ESA) é composta por muitos integrantes da indústria norte-americana dos games e é responsável pela organização da E3 (Electronic Entertainment Expo).
Concordando ou discordando disso tudo, é cabível entendermos que tudo em demasia pode ser maléfico para nossos corpos e mentes.
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