“Quando o termômetro marca 37 graus, embaixo de uma árvore cai para 17 graus”, diz um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP).
Numa época em que há incentivo ao plantio de árvores no mundo inteiro, em Cassilândia vem se verificando justamente o contrário: moradores e mais moradores contratam empresas especializadas para cortar definitivamente árvores no quintal e na frente de suas residências para se livrar de uma despesa contínua: a da podagem para evitar problemas como invasão de galhos na rede elétrica e no próprio imóvel.
Os aposentados lideram essa corrida para evitar despesa, afinal a aposentadoria já anda para lá de apertada.
“Eu não aguento mais pagar para podar árvores e o gramado do jardim, por isso vou pagar pela última vez para ficar livre das árvores e da grama”, disse uma moradora à reportagem.
Um outro morador afirmou que “a Prefeitura incentiva o plantio de árvores, mas não nos oferece nenhum apoio. Então se a gente só tem despesa é melhor cortar as árvores e ficar livre desse gasto”.
Outra reclamação é quanto ao preço cobrado pela podagem e corte de árvore, considerado muito elevado numa época de economia em baixa.
Uma realidade é inconteste: a cada dia que passa há menos árvores na cidade, o que contribui para o desequilíbrio climático que leva às altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar.