Milho enfrenta estoque de 2,3 milhões de toneladas e queda recorde de preço

Com superestoque nos armazéns e com aumento da oferta por outros estados, o milho sul-mato-grossense, que já apresenta trajetória de queda, deve depreciar ainda mais neste início de ano. Em 12 meses, a redução nos preços chega a 21% em Mato Grosso do Sul e estão estocados o volume recorde de 2,3 milhões de toneladas do grão. Os dados são da Granos Corretora.

“É um estoque de passagem muito alto”, avaliou o consultor da Granos, Carlos Ronaldo Dávalos. De acordo com ele, o volume não atingiu 1 milhão de toneladas.

A quantidade expressiva de milho estocado é contabilizada em momento que os preços caem acentuadamente. Conforme histórico da Granos, a queda chega a 21% – é o caso de Campo Grande, com cotação atual da saca de 60 quilos a R$ 22,50 e, no dia 3 de janeiro de 2017, a R$ 28,50.

Outras praças também apresentam valores menores para a saca de 60 quilos do milho. As variações são as seguintes: Caarapó (-20,68%, de R$ 29 para R$ 23), Chapadão do Sul (-16,36%, de R$ 27,5 para R$ 23), Dourados (-15,51%, de R$ 29 para R$ 24,50), Maracaju (-17,85%, de R$ 28 para R$ 23), Ponta Porã (-19,64%, de R$ 28 para R$ 22,50), São Gabriel do Oeste (-16,6%, de R$ 27 para R$ 22,50) e Sidrolândia (-16,07%, de R$ 28 para R$ 23,50).

Os preços devem cair ainda mais com o início das colheitas em outros estados. De acordo com Dávalos, São Paulo e os estados do Sul começam a colher milho na segunda quinzena deste mês. “Até então Mato Grosso do Sul estava vendendo a esses estados”, enfatizou o consultor.

Outro problema é o aumento do custo, especificamente o relativo ao frete. “Com a colheita de soja, o frete vai encarecer”, observa Dávalos. Campo Grande News

Compartilhe:
Posted in Noticias and tagged , .

Deixe um comentário