A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar Érika de Souza Vieira Nunes, nesta quinta-feira, 2, que ficou presa por duas semanas após ser flagrada ao solicitar um empréstimo de R$ 17 mil com o tio morto em uma cadeira de rodas.
Foi atendido o pedido de revogação da prisão preventiva da defesa de Érika, por meio da juíza Luciana Mocco, da 2ª Vara Criminal de Bangu.
O documento, ao qual a ISTOÉ teve acesso, mostra que Mocco estabeleceu medidas cautelares, como: comparecimento mensal ao cartório do juízo para informar e justificar suas atividades ou eventual alteração de endereço, além da proibição de ausentar-se da cidade por prazo superior a sete dias.
Além de revogar a prisão de Érika, a Justiça também acatou a denúncia do MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) contra a sobrinha de Paulo. Ela agora é ré e responderá pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Na ação penal, o MPRJ manifestou-se contrário a um pedido da defesa da denunciada de liberdade provisória.
Em nota divulgada, a denúncia destaca que embora o empréstimo tenha sido contratado por Paulo, quando ele ainda estava vivo, o saque de R$ 17.975,38 não poderia mais ser realizado, “visto que no momento da prisão em flagrante da denunciada, a vítima já tinha falecido’.
“O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade da denunciada, uma vez que funcionários do banco, verificando que o idoso Paulo Roberto Braga não estava bem, apresentando aspecto pálido e sem condições de assinar documento, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, sendo, posteriormente, constatado o óbito do mesmo, fato esse que impediu o saque dos valores pretendidos pela ré’, descreve trecho da denúncia.
A promotoria ressalta à Justiça o “desprezo e desrespeito’ pelo idoso ao levá-lo ao banco morto para realizar o saque do dinheiro.
Procurada pela ISTOÉ, a defesa de Érika não se manifestou até o fechamento desta matéria.
(Istoé)