Foi o blefe do ano.
Acuado após ter arrebentado com as finanças da Prefeitura de Cassilândia, o prefeito Valdecy Costa (PSDB) foi à Rádio Patriarca no dia 29 de dezembro de 2023 e fez suas bravatas peculiares, dizendo que havia no caixa da municipalidade R$ 17 milhões e que ele havia quitado todas as dívidas, que se alguém tivesse algum dinheiro para receber era só passar na Prefeitura, assim como também poderia pagar a hora que bem quisesse a dívida com a Previsca, blá, blá, blá…
Mas o prefeito acabou sendo “desmascarado” pelos vereadores Peter Saimon, Sumara Leal e Admilso Fião, que, através de requerimento, pediram explicações sobre os R$ 17 milhões e por que não pagava cerca de R$ 6,7 milhões que a Prefeitura está devendo à Previsca, órgão responsável pela aposentadoria dos servidores municipais.
A resposta ao requerimento dos vereadores foi bastante clara: havia no caixa da Prefeitura o dinheiro, mas não fruto de economia, como ocorrera na administração Jair Boni Cogo, e sim verba “carimbada”, ou seja, repasses e arrecadações com destino definido, isto é, dinheiro que entra, dinheiro que sai.
Para a segurança e tranquilidade dos moradores cassilandenses, os três vereadores agiram rápido e forçaram o prefeito a admitir um blefe histórico com a clara finalidade de “jogar para a galera” em ano eleitoral.
Percebe-se que é lamentável a situação em que nosso município se encontra, através de documentos emitidos pelo próprio prefeito e pela Secretaria de Finanças, pois tivemos a comprovação que o município não possui recursos para quitar a dívida milionária com a Previdência (Previsca).
O prefeito usou os veículos de comunicação e disse claramente que poderia pagar a dívida e que tinha R$ 17 milhões em caixa, mas a verdade foi comprovada.
Por orientação do Tribunal de Contas, se não for de interesse público como Câmara de Vereadores, não devemos permitir o parcelamento da dívida depois do fim do mandato atual, mas está nas mãos dos vereadores; se a recomendação não for acatada pela maioria, teremos uma dívida milionária que será parcelada pelos próximos cinco anos, ou seja, em 60 meses com juros, o que irá aumentar ainda mais o volume da dívida.
Como a maioria dos vereadores não tem independência e diz amém a tudo que o prefeito ordena, o parcelamento será aprovado em breve, afinal no parlamento cassilandense funciona a regra “manda quem pode e obedece quem tem juízo…”
A realidade é que houve um blefe, o dinheiro economizado não passou de fantasia e o prefeito Valdecy Costa (PSDB) torrou todo o dinheiro economizado pelo ex-prefeito Jair Boni em cinco anos e meio de mandato, a bagatela de mais de R$ 12 milhões.
Moral da história: a Prefeitura de Cassilândia está sem eira nem beira à espera de um milagre.