Se por acaso você é um daqueles moradores que não se preocupa com a política, é melhor tomar cuidado, abrir os olhos e se informar melhor sobre o trabalho tanto do prefeito quanto dos vereadores de Cassilândia.
Cassilândia, depois do falecimento de Jair Boni Cogo, perdeu de vez o controle.
Se você ainda permanece tranquilão da vida, lembre-se que o dinheiro que havia no caixa da Prefeitura até junho do ano passado simplesmente evaporou, desapareceu, sumiu que ninguém viu.
A Prefeitura de Cassilândia está devendo hoje no mercado, deve até para a previdência dos servidores municipais após contrair dívida milionária, vem doando e comprando imóveis sem nenhuma necessidade, abandonou serviços básicos, enfim há um desleixo total no município.
É aconselhável acompanhar bem de perto a má qualidade na saúde municipal, a falta de medicamentos, de médicos e de atendimento de urgência e emergência ou de simples rotina que deixa a desejar.
A cidade está suja, o matagal toma conta dos rios, vazamentos se multiplicam nas ruas, as estradas vicinais precisam de uma melhor manutenção, enfim está faltando Prefeitura e sobrando problema em Cassilândia.
E o vereador no qual você votou? Você se lembra dele? Pois é melhor você se importar.
A maioria dos vereadores está “arregada”, isto é, virou aliada do prefeito e vota a favor de olhos fechados toda papelada que aparece na Câmara.
Agora Cassilândia está sob estado de emergência por causa de água vazando e escorpiões. É isso mesmo. Não aconteceu nenhuma calamidade pública no município, mas o prefeito assinou o decreto de emergência para, durante seis meses, fazer compras à vontade sem concorrência pública e/ou licitação.
A Câmara de Vereadores tem poder para derrubar esse maléfico decreto municipal, mas esqueça.
O Poder Legislativo, através da maioria de seus pares, não teve interesse até agora nem de investigar e fiscalizar o dinheiro que desapareceu do cofre municipal, cerca de R$ 12 milhões deixados pelo ex-gestor Jair Boni.
Esse mesmo parlamento passou vergonha agora recentemente ao aprovar a doação de um terreno da municipalidade a um grupo empresarial, mas que foi corrigida pela Justiça e Tribunal de Contas do Estado.
Em Cassilândia, a missa acontece assim: “Eu sou o Senhor da razão!”, diz o prefeito. E a maioria dos vereadores responde: “Amém!”
CORINO ALVARENGA
Cassilândia em vista aérea / foto de Maurício Paulino