Cassilândia possui uma espécie de galinha dos ovos de ouro que ainda não foi explorada.
Trata-se de um bloco de gás natural que passará a ser explorado e a produção será em grande escala.
A Eneva Energia, uma das principais empresas do setor energético no Brasil, está preparando um passo significativo em direção à diversificação das fontes de energia no país, ao expandir seus negócios na promissora Bacia do Paraná, que é considerada uma nova fronteira do gás natural, ainda sem produção.
A companhia, em parceria com a empresa Enauta, adquiriu quatro blocos na região por meio de leilões realizados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) em dezembro de 2020, abrindo as portas para a produção de gás em grande escala nessa área até então inexplorada.
Os blocos, identificados como PAR-T-196, PAR-T-215, PAR-T-86 e PART-99, estão estrategicamente localizados em Mato Grosso do Sul e Goiás, próximos ao trajeto do Gasbol (Gasoduto Brasil-Bolívia), facilitando o transporte do gás produzido para outros mercados. Essa proximidade com o Gasbol torna a iniciativa da Eneva e Enauta não apenas ambiciosa, mas também altamente promissora para o mercado energético brasileiro e vantajoso para o Estado.
As atividades de perfuração dos blocos exploratórios estão programadas para começar em 2025, inaugurando uma nova fase na exploração de gás na Bacia do Paraná. Cassilândia, Paraíso das Águas, Camapuã, Ivinhema e Bataguassu, fazem parte dos blocos que foram adquiridos pela empresa.
A motivação por trás dessa iniciativa é a perspectiva de atender à crescente demanda para abastecer projetos de produção de fertilizantes, um setor essencial para a economia do Brasil. “Acreditamos que essa bacia tem muito potencial”, resumiu o CEO da empresa, Lino Cançado, durante coletiva de imprensa.
O marco da exploração de gás na Bacia do Paraná é ainda mais significativo devido à falta de produção em grande escala nessa região até o momento. A parceria entre a Eneva e a Enauta é crucial para o sucesso desses empreendimentos, com a Enauta detendo 30% de participação nos ativos, fortalecendo ainda mais a presença de ambas as empresas na região.
O secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), expressou otimismo sobre o empreendimento e destacou seu impacto positivo no desenvolvimento econômico, tecnológico e energético da região de Mato Grosso do Sul e Goiás.
“A empresa demonstra seu compromisso contínuo em buscar oportunidades de crescimento e inovação no mercado energético brasileiro, e aqui no Estado, será sem dúvida um grande parceiro do estado, dos empresários e principalmente das cidades, que passarão a receber os royalty do petróleo, que poderá ser usados no bem estar dos moradores destas cidades, como saúde, educação, é na inovação tecnológica”, avaliou Verruck. Jhefferson Gamarra – Campo Grande News