MS registra sete mortes em apenas 3 meses e suspeitas de dengue disparam

Lixo acumulado em via pública é local possível para criadouro do mosquito da dengue (Foto: Henrique Kawaminami)

Lixo acumulado em via pública é local possível para criadouro do mosquito da dengue (Foto: Henrique Kawaminami)

Os casos de dengue aumentaram sete vezes em 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, foram 16.723 casos prováveis da doença, com pessoas com todos os sintomas, mas sem a confirmação em laboratório. O que preocupa ainda mais são sete mortes, de acordo com o último boletim da SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul). Já em 2022, foram 2.349 casos até a 11ª semana com duas mortes.

As mortes foram registradas nos municípios de Três Lagoas (2), Guia Lopes da Laguna, Dourados, Amambai, Campo Grande e Aquidauana. Ainda segundo a SES, mais três óbitos estão em investigação.

A divisão cronológica dos óbitos foi de um em janeiro, um em fevereiro e cinco neste mês. No mesmo período do ano passado, Mato Grosso do Sul tinha registrado apenas duas mortes no terceiro mês.

Vale registrar que os anos com mais mortes na série histórica, desde 2014, foram 2020 (com 43 óbitos) e 2019 (com 33).

Alta incidência – Ainda nem terminou o terceiro mês do ano e o Estado confirmou 7.988 pacientes com a doença. Mato Grosso do Sul é o 10º no ranking de incidência com 595,3 casos prováveis para cada 100 mil habitantes. Com isso, a classificação é de alta incidência.

Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, a situação é grave em ao menos 45, que registram alta incidência. As maiores taxas estão em Batayporã (3.630,3); Alcinópolis (3.581,3) e Bodoquena (3.215,1). Cinco cidades estão com o valor na taxa dos 2 mil: Jaraguari (2.808,0); Antônio João (2.572,1); Itaporã (2.555,4); Corumbá (2.322,0) e Ladário (2.076,9).

Campo Grande está na classificação de incidência média com 1.579 casos prováveis para os mais de 900 mil habitantes. A taxa da Capital é de 174,3.

Somente sete municípios estão com a taxa de baixa incidência (abaixo dos 100 casos). São eles: Nova Alvorada do Sul (75,8); Terenos (71,8); Paranaíba (66,2); Ribas do Rio Pardo (60,1); Paranhos (55,5); Japorã (43,3); e Iguatemi (30,9).

Em quase três meses, Coronel Sapucaia, Eldorado, Jateí e Paraíso das Águas são os lugares de Mato Grosso do Sul sem a doença.

Casos confirmados – Três Lagoas lidera o número de casos confirmados da doença, dos 7.988, o município da região do Bolsão representa 711. Na sequência, vem a Capital com 408. Abaixo vem Bonito (373), Bela Vista (361), Batayporã (336) e Maracaju (334).

A dengue, zika e chikungunya são três doenças transmitidas por vetor. A melhor forma de combater o aumento de casos é a eliminação dos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti.

 CAMPO GRANDE NEWS

Compartilhe:
Posted in Noticias.