‘Vamos usar a mão de obra dos presos para construir o que eles destruíram’ diz secretário da Sejusp

'Vamos usar a mão de obra dos presos para construir o que eles destruíram' diz secretário da Sejusp

(Foto: Álvaro Rezende/Reprodução)

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS), Antonio Carlos Videira confirma que o motim de quarta-feira (22) dos detentos do Estabelecimento Penal de Cassilândia (MS) não têm ligação com organizações criminosas. A motivação da rebelião seria desavenças entre os presos.

Na data, os presos  teriam saído das celas e tiveram acesso ao pátio do presídio. Os presos rebelados colocaram fogo em colchões, geladeira e entre outros objetos. “No primeiro momento foi acionado a Polícia Militar e a Polícia Civil. Em seguida, os táticos da região e depois o Batalhão do Choque e Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) para fazer o isolamento e conter os envolvidos”, disse Videira.

De acordo com o secretário nem todos os presos rebelados fizeram parte do motim. “Aqueles que estavam envolvidos foram detidos e outros foram transferidos para outra cela. Ao decorrer da noite, foram removidos para outras penitenciárias”.

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(Foto: Cassilândia Notícias/Reprodução)

“O motivo do motim foi uma briga por causa de furto de dinheiro. Houve uma briga generalizada e desavença entre os grupos. Houve uma revista feita pelos agentes penitenciários e o dinheiro foi achado. Depois, eles seguiram para o movimento do motim por estar revoltados. Então, é ‘ladrão roubando ladrão’, eles não são presos faccionados”, destacou Antônio.

Conforme o relato do secretário, apesar da destruição, a parte da cozinha, administração e saúde não foram danificadas. Por isso, será possível manter alguns presos no local. Já outros envolvidos no motim serão encaminhados para outros presídios.

“Enquanto isso vamos promover a reforma do local e quando estiver pronto eles voltam para a penitenciária. Iniciamos a limpeza, remoção de entulho e a reposição dos materiais que foram danificados como a parte elétrica e hidráulica. Vamos usar a mão de obra dos presos para construir o que eles mesmo destruíram”, explica o secretário da Sejusp-MS.

Indagado sobre a superlotação nos presídios, Videira finaliza que é o reflexo de trabalho dos policiais promovendo a segurança pública do Estado. “Mato Grosso do Sul é um dos Estados mais seguros, mesmo estando na fronteira”.

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Policiais Penais do Comando de Operações Penitenciária realizaram a intervenção no presídio e retomaram a ordem no local (Foto: Divulgação)

Motim – Em nota, a Agencia Estadual de Administração do sistema Penitenciário (Agepen) informou que o motim de presos no Estabelecimento Penal de Cassilândia (MS) iniciado na tarde de quarta-feira (22) foi encerrado por volta das 20 horas. Não houve reféns e nem internos lesionados.

A ação se deu de forma tranquila e sem intercorrências. Após a retomada da ordem da unidade foi realizada a conferência geral dos internos. Com isso, 107 presos foram transferidos.

“Graças ao trabalho conjunto das forças de segurança, envolvendo também as polícias Militar e Civil, sob comando da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, bem como o apoio de autoridades locais, foi possível minimizar danos.   A situação foi um fato isolado ao presídio de Cassilândia, não tendo ocorrido reflexos em outros estabelecimentos penais do estado. A Agepen está fazendo os levantamentos dos danos ao patrimônio. Devido aos danos estruturais causados, a instituição providenciou a movimentação de presos para outras unidades, como medida de segurança e realização dos reparos necessários. As visitas de familiares, que ocorreriam no domingo, estão suspensas”, diz o comunicado.

Diário Digital

 

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