Pai estupra filha de 15 anos, a engravida e obriga menor a tomar pílulas abortivas

Abusador teve mandado de prisão cumprido nesta sexta-feira, enquanto dormia em sua casa

Um homem de 32 anos foi preso na manhã desta sexta-feira (10) pela Polícia Civil acusado de estuprar a própria filha, de 15 anos. O homem ainda a engravidou e deu pílulas abortivas para a menor. Ele foi pego dormindo, na casa onde mora, no bairro Jardim Boungainville, em Sinop (500 km de Cuiabá).

A denúncia do estupro foi feita segunda-feira (06). A adolescente foi até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e relatou que estava sendo abusada sexualmente desde os 7 anos, pelo próprio pai. A Polícia Militar foi acionada e registrou o caso.

A menor detalhou que a partir de 2020, quando fez 13 anos, houve o primeiro ato sexual com penetração. A partir de então, ela passou a ser ameaçada para não

Na última sexta-feira (03), o homem comprou dois testes de gravidez, e ambos deram resultado positivo. No mesmo dia, ele comprou pílulas abortivas e obrigou a menor a ingeri-las. Ela passou mal e foi encaminhada para a UPA com o aborto em andamento. Lá, ficou internada para “terminar o procedimento abortivo médico”.

Segundo a delegada Renata Evangelista, da Delegacia da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Sinop, alguns dias após a denúncia, o homem compareceu na delegacia de Sinop, mas não foi preso em flagrante por falta de elementos. Porém, ainda no mesmo dia, foi feito pedido para prisão preventiva do abusador.

“A gente não prendeu ele em flagrante porque não tínhamos elementos para isso. Reunimos provas e fizemos o pedido de prisão, que foi condido ontem [pelo judiciário]. Desde que saiu o pedido de prisão, os investigadores estão atrás dele e hoje a gente conseguiu pegar. Ele estava dormindo, foi pego dormindo”, explicou.

A delegada contou também que o estuprador confessou o crime. “Mas ele estrategicamente diz que começou os abusos quando ela completou os 14 anos para não configurar estupro de vulnerável, orientado pelo advogado”, afirmou.

Ainda conforme Renata Evangelista, o homem negou que tenha obrigado a menor a tomar as pílulas abortivas. “Ele nega que tenha obrigado (tomar remédio abortivo) disse que deixou o remédio para que ela decidisse. E uma menina com essa idade não decide nada. Ele já vinha praticando pressão psicológica”, salientou.

“Ele a abusa desde os 7 anos, no Piauí. Em janeiro de 2021, ela veio morar com ele, a partir dos 13 (anos) ele começou a ter conjunção carnal. Antes eram outros atos libidinosos”, completou.

Além de estuprar e engravidar a menor, as investigações também mostraram que o homem obrigava a filha a enviar fotos para ele e até mesmo que ela “conseguisse” uma prima para ele. “Ele fazia pressão psicológica para ele enviar fotos dela mesma para ele. E tem a situação dele ter pedido para que ela ‘conseguisse’ a prima dela para ele. Bem nojento, bem macabro”, revelou.

O inquérito sobre o caso foi concluído e enviado ao Ministério Público, que irá decidir se envia a denúncia ao Poder Judiciário.

O caso segue sendo apurado pela Polícia Civil.

BATANEWS/REPóRTERMT

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