O padrasto que matou o pai da enteada de 13 anos, Agnaldo César de Souza, de 37 anos, em Campo Grande, no Bairro Alves Pereira, no dia 10 deste mês se apresentou à polícia alegando legítima defesa. Ele foi ouvido e liberado já que havia passado o flagrante.
De acordo com o delegado Rodolfo Daltro, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, o autor se apresentou com o advogado alegando legítima defesa. Segundo o padrasto, Agnaldo foi até a casa para buscar a filha e lá começaram uma discussão. A vítima teria colocado a mão na cintura, e ele achou que Agnaldo estava armado, por isso fez os disparos.
O autor ainda teria comprado a arma 15 dias antes do crime. Ainda em depoimento, o homem alegou que Agnaldo discutia muito com a filha e com a ex-mulher. Daltro disse que o autor ficou escondido na casa de parentes até a sua apresentação, e que a arma usada no crime não foi localizada. Ele foi ouvido e liberado.
‘Vá para dentro porque vou matar ele’
À polícia, a menina contou que os pais são separados há quatro anos. Disse que Agnaldo é um “excelente pai”. Ela não passou o fim de semana com ele, então o pai teria ido buscá-la, porém a menina não quis ir.
Aos militares, a adolescente contou que o padrasto teria dito a ela: “Vá para dentro de casa porque eu vou matar o seu pai”.
Com medo, após visualizar a arma de fogo, a menina foi para dentro da residência e ficou na janela vendo tudo. Ela presenciou o momento em que o padrasto apontou a arma e atirou contra o seu pai, segundo ela, visualizou ter disparado quatro vezes.
Segundo o delegado que atendeu à ocorrência, no corpo de Agnaldo foram encontradas 10 perfurações e a suspeita é que ele tenha sido atingido por 6 tiros. Midiamax