Polícia procura homem que matou e estuprou mulher em creche

Mulher estava muito machucada e nua em prédio abandonado; sutiã rasgado ficou no local. (Foto: Paulo Francis)

Mulher estava muito machucada e nua em prédio abandonado; sutiã rasgado ficou no local. (Foto: Paulo Francis)

A morte de Edione Bersocana, de 43 anos, é tratada como feminicídio. A delegada responsável pelo caso, Anne Karine Sanches Trevizan, confirmou que a mulher foi estuprada. A polícia agora procura pelo autor, um homem de 33 anos, que não teve a identidade revelada e está foragido. Edione foi encontrada sem roupa e muito machucada no prédio abandonado da antiga Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar), no Bairro Tiradentes no dia 6 do mês passado.

“Não é caso de violência doméstica, mas é feminicídio por menosprezo a mulher”, explicou a delegada.

Ainda segundo a delegada, o homem, não tem relação com a vítima. Ele oferecia droga em troca de programas sexuais. Edione, que vivia nas ruas e era usuária de drogas, teria ido até o local para usar o entorpecente, não fazer programa. “Por isso ele agiu com tamanha violência e a estuprou”, afirmou, dizendo ainda que todo o crime aconteceu lá no prédio, tanto as agressões na cabeça que evoluíram para um traumatismo craniano quanto o estupro.

Edione posando para foto com um dos seus filhos (Foto: reprodução / Facbook)
A vítima ficou 27 dias internada na Santa Casa. O quadro dela se agravou devido a uma pneumonia, evoluindo para hemorragia extensa e na noite de domingo não resistiu.

Quem encontrou a vítima e acionou o socorro foi uma testemunha de 52 anos, que pediu para não revelar o nome. Ele narrou que estava chegando em casa, quando um catador de recicláveis, que passava pela Rua Barão de Ubá, avisou ao vizinho dele que tinha visto a mulher ferida. “Ele disse assim: ‘Largaram uma mulher machucada lá dentro, acho que ela morreu’. Eu e meu vizinho fomos olhar”, relatou.

Segundo o homem, encontrou a mulher caída em um dos cômodos do prédio abandonado. Com uma mão, ela tentava rastejar para o lado de fora e com a outra, segurava o sutiã contra os seios, a única peça de roupa que “vestia”, mas que também estava rasgada. A vítima estava tão ferida no rosto, que não conseguia falar, apenas gemia. Não há informação se o suspeito pelo crime foi identificado. O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Polícia Civil, onde segue sob investigação.

Nas redes sociais, os filhos postaram fotos com a mãe lamentando o ocorrido. “E até difícil de acreditar que você se foi. Meu mundo nunca mais será o mesmo sem você. Descansa em paz, minha rainha”, escreveu o filho Paulo Bersocana. Não sei o que vai ser de mim nesse mundão. Vou sentir muitas saudades sua. Te amo eternamente”, disse a filha Suellen

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