A OMS – Organização Mundial de Saúde – diz que a cada dólar investido no saneamento você economiza mais de três em custos de saúde. Então se temos um esgotamento bom, ou seja, se há o tratamento, a coleta e a destinação final desse esgoto, isso vai refletir justamente na saúde e na qualidade de vida da população. Tem diversos estudos que apontam que se pessoa vive em um local com saneamento adequado, ela tem melhor condição de vida, estuda melhor e tem uma saúde melhor.
Só que em Cassilândia o buraco é mais embaixo.
A cidade precisa com urgência de uma estação de tratamento de água e esgoto para não continuar degradando todos os dias o que ainda resta dos córregos Cedro e Palmito, além do combalido Rio Aporé.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema, recentemente alguns moradores tiveram problemas de saúde porque ingeriram peixes contaminados por óleo diesel, coliformes fecais e outros poluentes jogados no Rio Aporé.
Uma moradora revelou que pescou alguns tucunarés perto da ponte de acesso a Goiás e não teve como ingeri-los devido a presença de óleo diesel, o que causou um paladar repugnante.
Moradores do Estrela do Vale, Balmant e Vila Pernambuco relataram à reportagem história semelhante e quem ingeriu os peixes foi parar no hospital.
O Cassilândia Urgente publicou na segunda-feira passada, matéria sobre a degradação ambiental em Cassilândia, onde o poder público não vem levando a sério a questão ambiental e, em decorrência, a saúde dos moradores.
Ontem os prepostos do poder público começaram a colocação de canos para evitar que esgoto e água poluída cheguem ao leito do Rio Aporé.
Mas fica a pergunta no ar: sem uma estação completa de tratamento para processar o grande volume de água impura e esgoto diariamente em Cassilândia, adianta fazer canalização junto às margens do Rio Aporé?
Acorda, Cassilândia!