Romarinho conhecido na cidade de Corguinho foi assassinado na noite de sexta-feira (22). (Arquivo pessoal) – Campo Grande News
A família de Júlio Cesar de Araújo, de 57 anos, assassinado brutalmente na noite de sexta-feira (22) em Corguinho, cidade a 99 km da Capital, contesta a versão contada à polícia pela mulher que o matou, Camila Ortega, de que a vítima teria invadido a casa e tentado matá-la.
Wilson Cesar de Araújo, sobrinho de “Romarinho”, como a vítima era conhecida, contou ao Campo Grande News que além da família, a cidade está abalada com o caso, pois Romarinho era querido e conhecido por todos.
“Jamais ele faria isso. Ele era diferente, não via maldade em nada. Muito querido na cidade, trabalhador, capinava quintal, humilde. Não tem passagem pela polícia, nunca agrediu ninguém, nem nada disso. Ela quer denegrir a imagem dele”, lamentou o sobrinho.
Wilson contou que o crime teria acontecido por volta das 18h, mas a polícia e a família só foram avisados por volta das 22h30. A família acredita que a autora tentou manter relacionamento com Júlio para pegar dinheiro dele. “Ele recebe Loas, cesta básica e morava sozinho desde a pandemia. Muitas mulheres tentavam se aproveitar dele para tirar dinheiro. Ela até havia pedido o contato dele para uma vizinha por áudio”, contou e enviou o áudio à reportagem onde a mulher questiona sobre o endereço e telefone da vítima no dia anterior. Ouça:
No local do crime, Wilson disse que a perícia só chegou às 3h40 de hoje (23). Segundo ele vizinhos contaram que quando Romarinho chegou na casa da autora bateu palmas antes de ser atendido. “Ele [vítima] estava na casa dela quando o filho dela chegou. Apesar de ter 15 anos ele mede quase dois metros. Ela deve ter falado que estava sendo agredida quando o adolescente deu uma ‘gravata’ no meu tio. Ela pegou o punhal e enfiou na barriga dele, quando ele caiu desacordado o punhal até entortou. Eu vi foto e tudo. Depois o filho dela pegou a tora de eucalipto e bateu na cabeça do meu tio duas vezes. O rosto dele está todo desfigurado, estão tentando reconstruir para que o velório não seja de caixão fechado”, detalhou o sobrinho, ainda muito abalado.
A família ainda acredita que a polícia só tenha sido acionada 4 horas após o crime para que a mulher tivesse tempo de construir uma história. A perícia foi feita com uma lanterna porque não havia luz na casa, que é de propriedade da sogra da autora.
“Porque não chamou a polícia? Deixasse-o provar que não era isso. Não tirar a vida de uma pessoa dessa forma”, afirmou.
Várias pessoas da cidade lamentaram a morte de Romarinho. “Sabia que estava mal contada. Romarinho carpiu lote a vida inteira. Já carpiu lote para minhas tias que são sozinhas. Ele já carpiu lote lá no Caes lá só tem eu de homem. Ele pedia água, as meninas davam bolo, café, nunca fez uma gracinha. Nunca olhou com maldade para ninguém. Ele era uma criança que não mexia com ninguém. Muito bonzinho”, disse um conhecido. Campo Grande News