A greve nacional dos servidores do INSS não afetou os atendimentos em Campo Grande, nesta segunda-feira (28). Era previsto uma espécie de ‘apagão’ geral, o que não ocorreu.
De acordo com a Fenasps (Federação Nacional dos Servidores da Previdência Social), vinte estados já aderiram ao movimento e a expectativa é que esse número aumente.
Em entrevista realizada na última quinta-feira (24), o secretário-geral adjunto do Sintesep-MS (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Elio de Olieira, afirmou que a paralisação ocorreria entre os dias 28 e 31 deste mês.
Nossa equipe esteve em duas agências da Capital e os atendimentos ocorreram normalmente ao longo dia, alguns servidores admitiram até mesmo desconhecer o movimento nacional.
De acordo com as entidades sindicais ao redor do país, os servidores não faziam greve há 5 anos, mas as condições de trabalho ficaram insustentáveis.
Greve do INSS no Brasil
De acordo com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) a categoria reivindica reajuste salarial de 19,99%, revogação da Emenda do Teto dos Gastos (EC 95) e o arquivamento da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 32, da reforma Administrativa, encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Os trabalhadores reivindicam ainda a profissionalização da Carreira do Seguro Social, a rediscussão do Programa de Gestão, a criação do Auxílio Teletrabalho, o auxílio saúde e creche, vale-alimentação, a derrubada do veto de R$ 1 bilhão no orçamento do INSS, além da preservação de agências ameaçadas de fechamento e preservação do serviço público.
A expectativa da categoria, em âmbito nacional, é de que a paralisação siga até que o governo negocie com as entidades que representam os servidores públicos federais. Além do reajuste de 19,99%, da retirada da PEC 32 e da revogação da Emenda Constitucional do Teto dos Gastos, a categoria reivindica:
- Recomposição salarial data-base;
- Reajuste dos auxílios alimentação, creche e saúde;
- Reestruturação da carreira típica de estado para o seguro social;
- Nível superior para ingresso ao cargo de técnico do Seguro Social;
- Rediscussão dos processos de trabalho;
- Fim dos adicionais de meta para o teletrabalho;
- Auxílio teletrabalho para o uso de internet, energia, mobiliário e equipamentos Jornada de 30 horas semanais para o atendimento de qualidade para a população;
- Fim da terceirização do INSS;
- Concurso público;
- Derrubada do veto de R$ 1 bilhão do orçamento do INSS;
- Não ao fechamento das Agências do INSS e;
- Defesa do direito ao atendimento presencial ao cidadão nas unidades do órgão.
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