A jovem Hayssa Alves, de 21 anos, foi morta após uma briga pela escolha de uma música, na madrugada desta sexta-feira, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Na ocasião, ela estava comemorando o aniversário de um amigo em um sobrado, em cima de uma hamburgueria, na Rua Camaipi. Segundo a prima da vítima, que preferiu não se identificar, cada um tinha o direito de escolher uma música, mas, na vez de Hayssa, o PM Jorge Luis Aguiar da Silva subiu e começou a ameaçar a mulher.
Testemunhas contaram que, mesmo depois da jovem ter mudado de música, o homem continuou ameaçando a jovem. “Ele chutou o copo dela e perguntou por que Hayssa estava rindo. Depois, a ameaçou de morte e atirou 26 vezes contra ela”, contou a prima. Hayssa chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Municipal Rocha Faria, mas não resistiu. O corpo da vítima será enterrado, a partir das 13h deste sábado, no Cemitério de Campo Grande.
O policial foi preso momentos após o crime e levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH). Além disso, o PM também já passou pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Um inquérito já foi aberto para investigar o caso. Segundo a polícia, Jorge Luis será julgado pela Justiça comum.
A PM destacou que, se for confirmado que ele foi o executor, o policial poderá ser expulso da corporação mesmo antes da condenação. A Polícia Militar afirmou que está acompanhando a investigação da Civil.
Hayssa era a filha mais nova e tinha uma irmã. Segundo a família, ela estava no terceiro período do curso de Administração e trabalhou como vendedora de loja por muitos anos. Um tio da vítima, que também não quis se identificar, lamentou a morte da sobrinha e pediu Justiça.
“Ela gostava muito de ir para festas. O amor de muitos está se perdendo. Esse cara matou a minha sobrinha por conta de uma música. Agora, fica a esperança que a Justiça de Deus e a dos homens sejam feitas. Perdemos ela, mas que sirva de alerta para que outras pessoas reavaliem suas atitudes e pensamentos. Perdoamos ele, mas que isso não fique impune. Ele destruiu famílias”, disse o tio, que foi ao IML liberar o corpo, já que os pais ainda estão em estado de choque. G1