Diretores da Anvisa relatam ameaça de morte para vetar uso da vacina em crianças

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Cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram ameaçados de morte na manhã desta quinta-feira, 28, em caso de aprovação de vacinas contra a covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos de idade. A Anvisa informou que as ameaças foram imediatamente repassadas às autoridades policiais e ao Ministério Público para adoção das medidas necessárias.

Em nota, a entidade afirmou que as ameaças foram recebidas por e-mail por um mesmo remetente. Além dos diretores, instituições escolares do Paraná também foram alvos das ameaças.

A vacinação para crianças deve ser solicitada pela Pfizer em novembro, de acordo com a fabricante, que obteve parecer favorável do conselho externo da agência reguladora nos Estados Unidos para a vacinação desta faixa etária. A Anvisa precisa dar o aval para a vacinação ser permitida.

A decisão do conselho externo da FDA, agência reguladora americana, aconteceu na terça-feira, 26, mas não é definitiva. Entretanto, o órgão oficial costuma seguir as indicações do conselho, segundo o jornal americano The New York Times.

Caso seja aprovada pela FDA, a previsão é que a vacina possa ser aplicada nas crianças estadunidenses a partir da próxima semana, com uma dosagem de um terço da aplicada nos adultos. Na última sexta-feira, a farmacêutica afirmou em uma requisição formal que o imunizante tem uma eficácia de 90,7% no público de 5 a 11 anos

Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que caso a FDA aprove a aplicação do imunizante em crianças, a decisão pode pesar favoravelmente para que a Anvisa faça o mesmo no Brasil. Em nota, a Anvisa disse que “para avaliar a indicação de uma vacina para o público infantil, devem ser observados aspectos específicos dessa faixa etária, entre os exemplos, dados de segurança, eventos adversos e definição de dosagem”.

Ainda conforme o órgão federal, o único pedido de aprovação de vacina covid para menores de 12 anos recebido foi para a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista. “Este pedido já foi analisado e negado, tendo em consideração as limitações dos dados apresentados à época e discutidos em reunião pública”, continuou a agência. Midiamax

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