A gravação de uma ligação entre um motorista, de 40 anos, e sua filha, de 15, acabou entregando os estupros que o homem cometia contra a menina. A garota foi abusada por cerca de 10 anos pelo autor, que a tratava como sua mulher, na maior naturalidade, segundo denúncia.
A menina começou a ser estuprada quando tinha 7 anos pelo pai, que fazia ameaças à vítima falando que tinha uma arma, caso ela tentasse contar a alguém sobre os estupros. O crime começou a ser praticado pelo motorista ainda em 2010, quando ele ainda era casado com a mãe da menina.
Logo após a separação do casal, em 2013, a menina e seus irmãos foram morar com a avó paterna junto do pai, depois de uma denúncia de maus-tratos. Neste tempo, os estupros se intensificaram. Em uma das ocasiões, quando era aniversário de 15 anos da menina, o pai a convidou para comprar um presente, mas, mudou o trajeto e levou a filha para um local ermo, em meio a um matagal, e a estuprou.
Consta ainda na denúncia, que os abusos sexuais também ocorriam no interior do caminhão do homem, local em que este, sempre sob ameaça de que possuía uma arma de fogo, praticava o crime.
Já em 2019, a menina voltou a morar com a mãe e foi nesta época que contou que era estuprada pelo pai. Após relatar os fatos, a mãe da adolescente resolveu gravar uma ligação entre os dois. Nesta ligação, autor e vítima conversavam sobre os abusos e do receio da menina estar grávida.
Quando preso, o autor admitiu práticas sexuais com vítima, mas culpou a filha por ter sido estuprada por ele. O homem acabou condenado a 20 anos de reclusão, em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
No dia 23 deste mês, a defesa entrou com pedido de revogação de sua prisão, o que foi negado pela Justiça.
Midiamax