Peças de motocicletas ainda estão na rua após colisão (Foto: Henrique Kawaminami)
“Foi uma fatalidade, estamos todos chocados, ele ia fazer 23 anos esse mês, no dia 28 de julho e morreu desse jeito”. A fala é de Maria Madalena Lima, de 55 anos, parente de Victor Hugo Leite da Silva Benites, de 22 anos, que morreu na noite deste domingo (5) no Jardim São Conrado.
O rapaz conduzia uma Honda Biz pela rua General Walter Gustavo Escheneek, via preferencial, e ao chegar no cruzamento com a rua Boanerges Lopes, foi atingido por uma moto Honda Fan, conduzida por um jovem de 24 anos, que estava bêbado, segundo testemunhas. Socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também relataram à polícia que motociclista estava com odor etílico.
De acordo Maria Madalena, que é tia de sangue da esposa de Victor, e tia de coração do rapaz, ele havia saído para fazer a última entrega da noite, um cachorro-quente. “Ele e a esposa são donos de uma lanchonete há 2 anos, mais ou menos, bem perto de onde foi o acidente. Era a última entrega e ele não queria ir, estava cansado, mas acabou indo fazer a entrega e não voltou mais”
No vídeo acima é possível ver a cena logo depois da colisão. Quem fez o registro foi a dona de casa Ana Cláudia Cavalheiro Rodrigues, de 41 anos, que mora há 30 anos na rua onde o acidente aconteceu. “Já era tarde, eu e meu marido estávamos dormindo quando escutamos o barulho e fomos ver o que havia acontecido”, contou a dona de casa.
Victor foi arremessado cerca de 10 metros a frente do local do acidente, enquanto o outro motociclista parou quase 20 metros depois do ponto de colisão, quase em frente à casa de Ana Cláudia. Victor morreu no local, antes mesmo de ser socorrido, enquanto o outro motociclista foi levado para a Santa Casa de Campo Grande, onde deu entrada com trauma no joelho direito e aguarda para fazer exames. Ele está consciente e orientado.
Victor completaria mais um ano de vida este mês (Foto: Reprodução/Facebook)
Ana Cláudia foi quem acionou o Samu e ainda tentou conversar com Victor antes dele morrer. “Eu falava ‘filho, filho, fala comigo, já tá chegando o socorro’, ele deu umas respiradas bem fortes e morreu logo em seguida”, disse em entrevista ao Campo Grande News. -CAMPO GRANDE NEWS