O serviço de rondas ostensivas da Polícia Militar está sendo feito de forma estratégica neste período de greve dos caminhoneiros que acabou racionando os combustíveis para serviços essenciais de atendimento à população como é a segurança pública. A informação é do Sargento PM Gustavo Santana Proença ao Cassilândia Urgente.

Sargento Gustavo Santana Proença

“Estamos realizando o nosso trabalho, atendendo às ocorrências mais urgentes e às escoltas de presos quando necessário levar para o hospital ou de atendimento prioritário”, disse o militar, informando que a população de Cassilândia pode ficar tranquila neste período de greve porque a PM está pronta para oferecer segurança a todos.

O trabalho da polícia tem sido facilitado porque a greve tem ocorrido de forma pacífica no município.

Uma manifestação pacífica e com a finalidade de forçar o governo federal a parar com os reajustes diários nos preços dos combustíveis, especialmente o óleo diesel, o que tem prejudicado os caminhoneiros que transportam o progresso do País.

Em Cassilândia, há quatro bloqueios nas saídas para o Chapadão do Sul, Estado de Goiás, Inocência e Paranaíba. São pelo menos cem manifestantes que se revezam em turnos para impedir a passagem de veículos de carga, com a exceção de alimentos perecíveis, ambulâncias e veículos de serviços de urgência e do poder público.

Nos pontos de bloqueio há cozinhas improvisadas, banheiros químicos, coleta de lixo para evitar impacto ambiental e muita organização, o que vem surpreendendo o governo federal e a Petrobras.

“Essa proposta que o governo fez ontem, de reduzir em 10% no litro do óleo diesel é ridícula e nós não aceitamos de jeito nenhum”, disse João Batista ao Cassilândia Urgente na manhã desta quinta-feira, 24 de maio.

Um homem chamado Toninho concorda com o colega. “O caminhoneiro está sufocado e não aguenta circular, transportando as riquezas do Brasil, tendo prejuízo, pois o preço do óleo diesel, aumentando todos os dias, tira o alimento das nossas famílias”, disse.

Uma mulher identificada como Maria acredita que “ou o governo cede ou vamos continuar a parar o Brasil inteiro, fechando as estradas, pois estamos lutando por um direito que não é só dos caminhoneiros, mas de todo mundo”.

Hoje às 14h haverá mais uma assembleia para se decidir o futuro da greve dos caminhoneiros. A julgar pela tendência das opiniões dos manifestantes, a paralisação vai continuar até o governo apresentar uma proposta mais justa, baixando de vez o preço do óleo diesel e dos demais combustíveis.

Em Cassilândia, os manifestantes acreditam que ou o governo cede ou o Brasil vai continuar como está – parado, com estradas bloqueadas e com total risco de abastecimento nos supermercados e postos de combustíveis.

O que tem fortalecido a greve é o apoio dos moradores, que estão ajudando ao levarem comida e produtos de uso diário. “A solidariedade das pessoas é que nos tem incentivado nesta luta”, afirmou o caminhoneiro Roberto. Da reportagem local e redação / Fotos Cassilândia Urgente

Veja as fotos feitas agora há pouco na cidade.

Eita… Sem cerveja o cassilandense para geral…

A redação entrou em contato com algumas distribuidoras para tratar de um assunto que mexe com os moradores etílicos: a sagrada cervejinha, pois ninguém é de ferro…

A maioria dos 24 Horas da cidade tem cerveja no estoque, mas por pouco tempo.

“A nossa conveniência tem cerveja até domingo”, informou um dono de 24 Horas.

“O meu estoque de cerveja aguenta até uns três dias”, disse uma revendedora. “Mas se tiver corre-corre acaba hoje mesmo”, completou.

Sem cerveja o bicho pega…

Os caminhoneiros já haviam bloqueado as três saídas de Cassilândia – Chapadão do Sul, Paranaíba e Inocência – e faltava o bloqueio da quarta saída para Goiás, o que aconteceu na noite dessa quarta-feira, 23 de maio, por volta das 20h, segundo informaram caminhoneiros que estão protestando contra os abusivos reajustes de combustíveis feitos pela Petrobras com autorização do governo federal.

Caminhões de carga não atravessam mais o Rio Aporé e são retidos no bloqueio da Avenida Juracy Lucas. Veja as fotos.

Se a greve dos caminhoneiros continuar, o fogão a gás será a solução

Todas as distribuidoras de gás de cozinha da cidade procuradas pela redação confirmaram que não há gás de cozinha, desde a tarde dessa quarta-feira, 23 de maio.

Somente um supermercado da cidade vendeu quase 100 botijões de gás ontem e o estoque evaporou muito rápido.

“Muita gente na correria adquiriu os últimos botijões”, disse a atendente de uma distribuidora.

E a greve dos caminhoneiros está apenas no terceiro dia…