
Tapete usado para cobrir o corpo de Raquel. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)
O homem que jogou o corpo de Raquel Perciliano em uma vala em Terenos, a 31 quilômetros de Campo Grande, alegou para a polícia que entrou em surto no domingo (27). Raquel tinha 59 anos e sofreu um infarto durante a relação sexual com o homem, teve seu corpo jogado em uma vala e faleceu.
Em contato com o Jornal Midiamax, o advogado do suspeito, Ivan Oliveira da Silva, disse que o cliente contou que ‘entrou em surto’ quando o questionaram sobre o motivo de não levar a vítima para o hospital. “Quando viu a vítima passando mal, pensou que ela estava morta e entrou em surto. Ele ficou desesperado e sem saber o que fazer”, afirmou o advogado.
Após jogar o corpo de Raquel na vala, o homem — que também é servidor municipal da cidade — contou para a família o ocorrido e viajou até Campo Grande, onde procurou o advogado e informou os fatos. Em seguida, o advogado foi até a delegacia e, junto da polícia, dirigiu-se até o local onde o corpo da mulher estava.
O advogado ainda revelou que o cliente e a família do homem estão bastante abalados com a situação. O homem está passando por um tratamento psiquiátrico. “Ele está muito abalado, pois em nenhum momento queria que ela morresse. Ele não pensou que isso pudesse acontecer”, explicou Ivan.
Diferente do informado anteriormente, que no dia da morte seria o segundo encontro de Raquel com o amante, o advogado esclareceu que o casal estaria tendo encontros há muitos anos. Assim como os familiares da vítima, a defesa aguarda o resultado do laudo sobre a causa da morte da mulher.
Investigações
Conforme informações apuradas pelo Jornal Midiamax, o amante teria buscado Raquel próximo à antiga rodoviária de Terenos e, depois, o casal foi para a rodovia manter relações sexuais, quando a mulher começou a passar mal.
Em seguida, o homem carregou Raquel no colo, após achar que ela estivesse morta, jogou-a em uma vala e colocou um tapete em cima do corpo. Ele teria rodado com ela no veículo por cerca de 2 horas até a desova do corpo.
Após jogar o corpo na vala, o amante dirigiu até Campo Grande, onde entrou em contato com o advogado, e o profissional informou a polícia sobre o ocorrido. Entre o corpo jogado na vala e o acionamento da polícia, foram cerca de 5 horas, o que a Polícia Civil ainda investiga. Câmeras de segurança por onde o carro passou na rodovia MS-335 também deverão ser analisadas.
A polícia ainda deverá pedir pela quebra do sigilo telefônico de Raquel, para saber dados de consultas médicas anteriores, e não descarta uma reconstituição do crime. Em maio, ela teria passado por uma consulta de rotina e estava afastada do trabalho.
Midiamax