
Drogas, celulares, balança de precisão e drone apreendidos pelo Choque – /BPMChoque
Um homem de 44 anos morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMChoque) na madrugada desta sexta-feira (27), nas proximidades do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande.
De acordo com informações apuradas, uma equipe de motopatrulhamento da ROCAM realizava rondas pela região quando avistou um drone sobrevoando o presídio. O equipamento fazia um trajeto de ida e volta entre o presídio e uma residência próxima.
Ao pousar o drone, os militares se aproximaram do imóvel de onde o equipamento havia decolado. A casa estava com as luzes acesas e a porta entreaberta. Ainda da entrada, os policiais visualizaram porções de entorpecente semelhantes à maconha e diversos aparelhos celulares.
Durante a abordagem, os policiais entraram na residência e, ao se dirigirem aos fundos, foram surpreendidos por um homem armado. Segundo o BPMChoque, os agentes deram ordem para que o suspeito soltasse a arma, mas ele não obedeceu e acabou sendo baleado. O homem foi socorrido e encaminhado à CRs Tiradentes, mas não resistiu aos ferimentos.
No local foram apreendidos 6,8 quilos de maconha, vários celulares, uma balança de precisão e o drone supostamente utilizado para arremessos de objetos para dentro da unidade prisional.
A Polícia Civil, a Perícia Científica e outras equipes do Batalhão de Choque estiveram no local para realizar os procedimentos de praxe. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol) como:
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Morte decorrente de intervenção legal de agente do Estado;
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Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido;
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Favorecimento real, por facilitar a entrada de aparelhos eletrônicos em estabelecimento prisional;
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Tráfico de drogas qualificado, por ter ocorrido nas imediações de unidade prisional.
Dados sobre confrontos no estado
Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 43 pessoas morreram em confrontos com agentes de segurança em Mato Grosso do Sul entre 1º de janeiro e 27 de junho de 2025. Os números foram distribuídos da seguinte forma: 10 mortes em janeiro, 8 em fevereiro, 2 em março, 10 em abril, 4 em maio e 9 em junho.
Essas mortes são classificadas oficialmente como homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial, ocorrendo em ações como abordagens, flagrantes de tráfico, patrulhamentos em áreas de risco e outras operações.
Correio do Estado