jovem morreu neste sábado (Foto: Reprodução Facebook)
Os celulares de Mirielle dos Santos e de Fausto, seu ex-marido, foram apreendidos e devem passar por perícia, como também imagens de câmeras de segurança da casa do autor, segundo o delegado Johanes Ribeiro. A jovem de 26 anos foi assassinada com um tiro no abdômen, neste fim de semana.
O delegado conversou com o Midiamax na manhã desta segunda-feira (24), que enviou uma equipe até Água Clara. O delegado revelou que o irmão de Mirielle em um segundo depoimento disse que foi ameaçado por Fausto para dizer que o disparo teria sido acidental.
Conforme o delegado, cinco testemunhas já prestaram depoimento entre amigos e familiares de Mirielle. O casal teve um relacionamento por seis anos e estava separado há três meses. O delegado ainda disse que Fausto teria feito três disparos, sendo que dois seriam para ameaçar Mirielle e um a acertou no abdômen.
Johanes disse que antes do crime, algumas pessoas que estavam na casa de Fausto tentaram impedir a briga entre os dois, mas sem sucesso.
Áudios de ameaça
No áudio enviado a Mirielle, o ex-marido manda ela tomar cuidado, “Você toma cuidado, vai fazer graça com a cara do seu pai e da sua mãe.’, diz Fausto em áudio. Nas mensagens enviadas à jovem, ele a xinga com palavras de baixo calão.
Mirielle foi assassinada com um tiro no abdômen por Fausto que ainda não foi encontrado. Neste fim de semana, o caminhão de propriedade do ex-marido que matou a tiros Mirielle Santos, de 26 anos, em Água Clara, a 192 quilômetros de Campo Grande, foi queimado em frente a casa do autor pelo crime.
Em frente a residência estavam dois caminhões, sendo que um deles havia sido retirado por familiares do suspeito focando o outro caminhão que acabou sendo incendiado. Não se sabe quem teria colocado fogo no veículo.
A defesa do acusado do feminicídio, o advogado Marcos Ivan, falou ao Midiamax que o tiro contra Mirielle teria sido acidental. Ainda de acordo com Marcos Ivan, uma negociação para a apresentação do autor está em andamento com o delegado Johanes Ribeiro Deguti.
“Se retrata fortemente a condição do real acontecido que seria uma triste tragédia de um relacionamento perturbado. Houve um ‘acidente’, a arma disparou e um único tiro tirou a vida da Mirielle’, defende Marcos Ivan.
Feminicídio
Segundo informações do registro policial, o casal estava em um quarto quando testemunhas ouviram os tiros. Depois disso, o irmão da vítima entrou na casa e encontrou Mirielle ferida.
Ele contou à polícia que levou a irmã para o carro do suspeito e eles seguiram para o hospital da cidade. Em seguida, o acusado fugiu e deixou a caminhonete no local.
Em diligências na casa do acusado, policiais encontraram um pote plástico com várias munições de calibre .22 intactas.
BATANEWS/MIDIAMAX