A Diocese de Itumbiara investiga uma possível mancha de sangue em uma imagem de Santa Rita de Cássia, em uma igreja no povoado de Estulânia, a 5 km de Piracanjuba, no sul goiano. Fiéis notaram o líquido vermelho em um ferimento cravado na testa da imagem
O líquido foi notado em maio deste ano, durante a festa da padroeira, mas a igreja manteve o caso sob sigilo. Em situações como essa, a Igreja Católica abre uma investigação para apurar se o ocorrido é um fenômeno natural, se houve interferência humana ou, por última hipótese, um milagre.
“Não que eu duvide dos milagres, mas se trata de averiguação da verdade. Antes mesmo de querer que seja um milagre, como Igreja, nós desejamos que a verdade seja esclarecida”, explicou o bispo Dom José Aparecido de Almeida.
Detalhes da investigação, mostrados pela TV Anhanguera, mostram que o bispo da região pediu ao padre de Piracanjuba que levasse a imagem até a Diocese de Itumbiara. Durante vários dias, a imagem foi observada para verificar se o líquido voltaria a aparecer, o que não aconteceu.
Depois desse período, a igreja enviou a imagem para análise em dois laboratórios de DNA, em Itumbiara e Uberlândia (MG). À TV Anhanguera, o bispo Dom José Aparecido explicou que uma pessoa tocou na mancha de “sangue” ao vê-la.
“A mancha ficou muito rala e quase não dava para fazer o segundo exame. Ela pode ser uma área contaminada pelo toque humano. Depois, há as hipóteses levantadas: pode ser sangue colocado lá ou contaminado pelo DNA humano”, afirmou o bispo Dom José Aparecido.
O bispo também esclareceu que, recentemente, os primeiros resultados dos exames foram entregues, mas ainda faltam os resultados de exames complementares e a realização de novos testes. Depois, ele irá comunicar o caso ao representante do papa Francisco no Brasil. Nos próximos dias, as pessoas que presenciaram o líquido no rosto da imagem devem ser ouvidas.
Posicionamento Diocese de Itumbiara
No mês de maio último, chegou ao conhecimento da Cúria Diocesana de Itumbiara o aparecimento de uma suposta mancha de sangue na testa de uma imagem de Santa Rita de Cássia. A pessoa que primeiro viu a imagem, tocou com o dedo a mancha úmida, que lhe pareceu ser sangue.
Ao tomar conhecimento do assunto, pediu-se ao Pároco que trouxesse a imagem à sede da diocese para as averiguações que a situação requer, também para se evitar qualquer forma de sensacionalismo ou exploração da boa-fé do povo, especialmente os mais simples.
Esta Assessoria informa que neste tempo de observação o fenômeno não se repetiu e os estudos ainda em curso não consentem nenhuma conclusão. A legítima devoção a Santa Rita de Cássia, padroeira da Diocese de Itumbiara e de várias paróquias, permanece recomendada pelo exemplo de vida da Santa e pela sua intercessão junto do bom Deus, de quem procede todo dom perfeito.
G1 GO