Nem tudo é legal é moral ou ético.
Tal conclusão parte de alguns questionamentos que são necessários, dentre os quais, o primeiro: as leis que temos são justas? O Brasil tem uma Constituição assertiva ou uma mera colcha de retalhos?
Quando se trata de administração pública, é ainda mais preocupante, afinal os gestores eleitos ou nomeados estão lidando com dinheiro oriundo dos impostos da população, o que os obriga a agirem com base nos cinco princípios da administração pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Com a caneta na mão, o gestor público pode fazer o que bem entende, afinal o povo lhe delegou esse direito por meio do voto na urna.
Até aí tudo certo. Mas, cá entre nós, e os princípios da administração pública como, onde e quando entram na história?
Bem sabemos que as leis são feitas pelos parlamentos preenchidos por representantes do povo que saem desse mesmo povo. E essas leis são éticas ou morais para se ter uma sociedade que não seja escrava de sua falta de virtuosidade?
Que tipo de gestor público o povo merece? O homem público sem qualificação moral que ele próprio lapidou e o jogou para cuidar de seus interesses nas repartições gerais?
Para concluir, deixamos aqui uma das estrofes do Hino do Rio Grande do Sul:
“Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo.”
CORINO ALVARENGA
EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE