Entre 2013 e 2024, Mato Grosso do Sul registrou 995 casos de violência contra médicos no ambiente de trabalho, seja nos serviços públicos ou privados. Na região Centro-Oeste, o Estado é o segundo no ranking, ficando atrás somente do Distrito Federal, com 1.270 boletins de ocorrência.
Entre 2013 e 2024, Mato Grosso do Sul registrou 995 casos de violência contra médicos, posicionando-se como o segundo estado mais afetado na região Centro-Oeste, atrás apenas do Distrito Federal. O levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) revelou que, no Brasil, houve um total de 38.074 boletins de ocorrência relacionados a violência no ambiente de trabalho médico, com o ano de 2023 apresentando o maior número de registros. Os autores da violência são, em sua maioria, pacientes e familiares, embora também haja casos envolvendo colegas de trabalho. O estudo destaca a gravidade da situação, evidenciada por subnotificações e a variedade de tipos de violência registrados, como ameaças e lesões corporais.
O levantamento feito pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) traz um apanhado geral do País, que registrou no período 38.074 boletins de ocorrência. Os dados foram solicitados às Polícias Civis de cada região, mas o estudo apresenta lacunas devido às subnotificações.
Os casos de violência incluem ameaça, lesão corporal, desacato, injúria, calúnia, difamação, constrangimento, perturbação, furto, vias de fato. A pesquisa não especifica qual tipo de violência se sobressai diante das outras.
Enquanto Mato Grosso do Sul contabilizou 995 casos, Mato Grosso ficou em terceiro lugar com 815 e Goiás em último com 325. No cenário nacional, São Paulo despontou com 18.406 mil boletins de ocorrência, sendo o primeiro na pesquisa.
Com 3.993 registros, o ano de 2023 foi o mais violento contra os profissionais da categoria. Os dados de 2024 são parciais e o CFM não soube dizer até que mês foi feita a análise.
Segundo o conselho, os autores dos atos violentos são, em grande parte, pacientes, familiares dos atendidos e desconhecidos. Há ainda casos minoritários de ameaça, injúria e até lesão corporal cometidos por colegas de trabalho, incluindo enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da saúde. BATANEWS/CGNEWS