A Polícia Civil descobriu que o criminoso Idris Divino de Freitas, que enterrou viva a esposa Enil Marques Barbosa, de 59 anos, em Cuiabá, ficou respondendo as mensagens do celular dela por uma semana para que ninguém desconfiasse do assassinato. Ele foi preso nesta sexta-feira (13) e confessou ter enterrado a mulher e ateado fogo enquanto ela ainda estava viva.
O homem ficou com o celular da mulher e frequentando o trabalho por uma semana, até o crime ser descoberto pelo filho da vítima, que foi até a casa e encontrou o celular da mãe escondido.
Em depoimento para o delegado Nilson Farias, o filho da vítima contou que após descobrir que a mãe estava namorando, ele tentou entrar em contato com ela pelo WhatsApp algumas vezes, mas ela estava demorando demais para responder.
Ele achou estranho, pois ela sempre o respondia rápido, principalmente por áudio. Dias depois, ele a chamou para uma festa, mas o assassino respondeu como se fosse ela, dizendo que não iria pois faria uma viagem para Goiás, para conhecer a família do namorado.
O filho contou que ficou feliz em ver a mulher saindo, mas estranhou quando ele pediu mais detalhes sobre a viagem e ela não respondeu.
Outra coisa que chamou a atenção foi que alguns familiares contaram para ele que Enil estava pedindo dinheiro.
Para o delegado Nilson Farias, o assassino, que conheceu a mulher pelo Facebook, se aproximou dela com a intenção de tirar proveito financeiro.
Em depoimento, Iris disse que teve uma discussão com a vítima, motivada por ciúme. Em determinado momento, ele a empurrou, ela bateu a cabeça e ficou desacordada.
Em seguida, ele amarrou os braços dela aospés, prendeu o pescoço dela com um tecido e a enterrou no quintal de casa. Com a intenção de sumir com o corpo, ele jogou entulhos por cima da cova e ateou fogo. Ele conta que chegou a ver a mulher tentando sair de dentro do buraco, mas preferiu não ajudar. Quando o corpo foi localizado o braço da vítima estava para fora da cova e queimado.